A Operação Guardiões do Bioma visa reduzir o desmatamento ilegal na Amazônia por meio de ações coordenadas entre Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Fundação Nacional do Índio (Funai), Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e órgãos de fiscalização como Ibama e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). No âmbito do MJSP também participam a Secretaria de Operações Integradas (Seopi) e a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
Entre multas e apreensões de bens como motosserras, pás carregadeiras de garimpo, trator de esteira e caminhões usados no transporte de madeira, a Operação Guardiões do Bioma já reverteu R$ 165 milhões aos cofres públicos.
De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, há seis bases de ação em locais estratégicos do Acre, Pará, Rondônia, Mato Grosso e Amazonas.
Em cada estrutura, helicópteros permitem atuação mais célere, mediante alertas qualificados de desmatamento. A partir desses alertas e do monitoramento dos dados, a polícia ostensiva e os órgãos de fiscalização ambiental dão início às operações.
O desmatamento compromete a diversidade de animais e plantas amazônicos e causa danos, muitos irreversíveis, que atingem diretamente as populações que moram na região. Os povos indígenas dependem exclusivamente dos recursos naturais da floresta. E as populações ribeirinhas, por exemplo, se sustentam com espécies encontradas na Amazônia.
Em 2021, também coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, a primeira fase da Operação Guardiões do Bioma teve foco no combate aos incêndios florestais em 11 estados dos biomas da Amazônia, Cerrado e Pantanal.
Durante os cinco meses de atuação, mais de 6 mil profissionais da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ibama, ICMBio, Corpo de Bombeiros Militares e Polícia Civil realizaram 3.461 ações preventivas, combateram cerca de 17 mil focos de incêndios e aplicaram 1.557 multas.
Além do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Operação envolveu os Ministérios do Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, além das Secretarias Estaduais de Segurança Pública e de Meio Ambiente, e do Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil (Ligabom).