
Uma operação conjunta da Polícia Militar e Civil estourou o Quartel General da organização criminosa Revolucionários do Amazonas (RDA), que sucedeu a facção FDN (Família do Norte), que se desmantelou após uma guerra interna entre dois chefões e foi desarticulada pelo cariocas do Comando Vermelho (CV), em 2020, e passou a comandar o tráfico de drogas no Amazonas através da “Rota do Solimões”, com porta de entrada na cidade de Tabatinga, na tríplice fronteira com a Colômbia e o Peru.
O QG da organização funcionava em uma casa na Rua 28 de Julho, no bairro Colônia Antônio Aleixo, na Zona Leste, a 25 km do Centro de Manaus.
No local os policiais prenderam dez criminosos, além drogas e um arsenal de armas, explosivos, munição de diversos calibres e coletes a prova de balas. O grupo de explosivos da PM, Marte, foi chamado ao local para desativar artefatos caseiros produzidos pela organização.
“O local era um uma espécie de um ‘bunker’, pois parte das armas e explosivos estavam enterrados”, informou o comandante da 28ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), capitão Thiago Dantas, que comandou a ação policial.
Os presos e todo material apreendido foram levados para o 28º Distrito Integrado de Polícia (Colônia Antônio Aleixo).
Ainda segundo o comandante da operação, a invasão ao bunker começou por volta das 10h da manhã, durante a execução da “Operação Inquietação Zona Leste”.
“Recebemos uma denúncia anônima informando que nesse local tinha armas e drogas e havia uma fábrica de armas caseiras”, afirmou Dantas.
O local foi cercado pela polícia, que identificou o traficante Franciney Lemos Ferreira, o “Cartiney”, como o líder do grupo. Ele é o sucessor do traficante Leno, morto em confronto policial no mês passado.
No local foram presos: Eduardo da Silva Torres, 19, Elielton Pereira da Silva, Flávio Luciano Patrocínio da Silva, Tatiane Carmo de Souza, Ivens Lucas Batista, o “Manguirão”, Wilson Will Costa de Souza, o “Lourinho” Gerivan da Silva Garone, Karine Gabriele Torres de Souza e Isabele Ingrijó de Oliveira Santos.
Entre os presos estão, Mangueirão que é um comerciante, dono de um bar, que foi identificado pela polícia como financiador da facção, e ainda Lourinho, reconhecido como o pistoleiro de alta periculosidade da RDA.


