
A Polícia Federal cumpre um mandado de prisão preventiva, seis de busca e apreensão, e sequestro de bens no valor de R$ 70 milhões de investigados por grilagem de terras públicas em Boca do Acre (a 1.028 quilômetros de Manaus) e falsificação de documentos. A Operação Smoke II ocorre nesta sexta-feira
Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal Ambiental e Agrária da Seção Judiciária do Amazonas.
Segundo a PF, a investigação identificou que o grupo criminoso, de forma estruturada e reiterada, promoveu o desmatamento de mais de 900 hectares de floresta nativa e queimadas ilegais para limpeza de áreas destinadas à exploração pecuária clandestina.
Paralelamente, o grupo atuava por meio de falsificação de documentos, inserção de informações falsas em sistemas oficiais, uso de ‘laranjas’ e contratos simulados com o objetivo de blindar os verdadeiros responsáveis, legitimar de forma fraudulenta a posse e dar aparência de regularidade à grilagem de terras públicas federais.
De acordo com a PF, os investigados financiaram o desmatamento, arrendaram ilegalmente as áreas embargadas, introduziram rebanhos bovinos e construíram falsas cadeias documentais para se esquivar das penalidades administrativas e criminais.
A PF informou que o grupo criminoso tem atuação sofisticada e continuada ao longo dos anos, voltada a explorar economicamente a Amazônia em prejuízo da União e da sociedade.
Foram apreendidos veículos de luxo, documentos, computadores e um quadriciclo.
Foram descobertas ao menos mil cabeças de gado em área desmatada nas proximidades do km 150 da BR-319 (Manaus-Porto Velho/RO), uma zona de amortecimento da Unidade de Conservação. O gado foi localizado na quinta etapa da Operação Tamoiotatá de combate ao desmatamento ilegal.
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