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‘Pablo Escobar brasileiro’ tinha ‘laranjas’ para lavar dinheiro em empresa de táxi aéreo em Manaus

Dois empresários que auxiliavam o narcotraficante Sérgio de Carvalho a lavar dinheiro foram alvos da Operação Catrapo II da Polícia Federal

Dois empresários donos “de fachada” da empresa Táxi Aéreo Manaus, foram alvos da Polícia Federal na terça-feira (25) durante deflagração da Operação Catrapo II, por participação em esquema de lavagem de dinheiro ligado a um dos maiores narcotraficantes do mundo, Sérgio Roberto de Carvalho, o traficante conhecido como “Pablo Escobar brasileiro”, apontado pela Interpol como o líder de uma grande organização de tráfico de cocaína para a Europa. Ele está preso na Bélgica desde 2022.

Segundo relatório da Polícia Federal obtido pelo G1, Carvalho é o verdadeiro proprietário da Manaus Aerotáxi, principal empresa de táxi aéreo do Norte do Brasil, usada como fachada para operações ilícitas. Os dois empresários presos na operação seriam os donos “de fachada” da empresa, assumindo a posição de proprietários para encobrir o verdadeiro líder.

A investigação revela que a empresa não apenas servia aos interesses do narcotráfico, mas também ganhou recentemente uma licitação para ceder um hangar à Polícia Federal. Este local seria utilizado como ponto estratégico para operações na Amazônia, aumentando ainda mais a complexidade e a audácia do esquema criminoso.

Na última quinta-feira, 20, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede da Manaus Aerotáxi. A Justiça determinou o fechamento da empresa e o sequestro de todas as aeronaves, totalizando cerca de dez aviões. A ação visava desmantelar a estrutura logística que facilitava as operações da organização criminosa.

Catrapo II

A operação foi deflagrada nos estados de Mato Grosso, Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo, a Operação Catrapo II, que tem por objetivo aprofundar a descapitalização patrimonial e efetuar novas prisões de membros de organização criminosa responsável pela aquisição e tráfico para a Europa de grandes quantidades de cocaína oriunda da Bolívia e do Peru, tendo o estado de Mato Grosso como entreposto de abastecimento.

Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, 15 mandados de sequestro de bens e valores de pessoas físicas e jurídicas, além de dois mandados de prisão temporária e um mandado de prisão preventiva, este a ser cumprido na Bélgica. Todas as medidas foram expedidas pelo Juízo da 5ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de Mato Grosso.

De acordo com a PF, nessa segunda fase da investigação de combate ao tráfico internacional de drogas e à lavagem de dinheiro, foram identificados bens patrimoniais da ordem de R$ 100 milhões (aeronaves, imóveis e veículos de luxo), utilizados para ocultação patrimonial.

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