Autor do requerimento pela abertura da comissão, o deputado Coronel Meira (PL-PE) afirma que o presidente do Senado assegurou a abertura da Comissão com o objetivo de neutralizar as facções criminosas

O plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) de assassinar políticos e autoridades brasileiras trouxe à superfície um problema que permaneceu nas sombras durante décadas: a ascensão das facções criminosas. Esses grupos lideram as estatísticas de roubo, sequestro, tráfico de drogas e assassinato.
Investigações dos governos federal e estaduais mostram que as facções fincaram suas raízes em diferentes solos — nos becos, nas vielas e nas quebradas, mas também em mansões e em apartamentos de alto padrão. Há 53 facções atuando nas 27 unidades da Federação. Veja no mapa abaixo do Anuário Brasileiro da Segurança Pública:

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contabiliza pelo menos 35 mil integrantes no PCC — maior facção criminosa das Américas. Eles se somam aos membros do Comando Vermelho, da Amigo dos Amigos, do Terceiro Comando Puro, do Primeiro Comando de Vitória e do Trem Bala.
Para impedir a ascensão das facções, o deputado federal Coronel Meira (PL-PE) propôs a instauração da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Crime Organizado. Até o momento, 31 senadores e 90 deputados se manifestaram favoráveis à medida.
“O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, garantiu que vai pautar a CPMI. Precisamos apenas reunir as assinaturas necessárias”, disse o parlamentar.


