“Operação Gratidão” do governo do Estado abriu oito vagas para continuidade do tratamento em Manaus
O Amazonas recebeu na madrugada desta terça-feira (16) dois pacientes de Covid-19 de Rondônia – um homem e uma mulher. Eles chegaram em Manaus e foram para o Hospital Delphina Aziz, de referência em casos da doença. Nas próximas horas, são esperados pacientes do Acre.
Apesar de ainda está em na fase vermelha, o estado disponibilizou oito leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o atendimento de outras unidades da federação, como parte da “Operação Gratidão” em retribuição ao tratamento de 542 amazonenses por outros estados na fase mais crítica da pandemia.
“Ainda passamos por uma fase difícil, mas temos toda a segurança e garantia do atendimento prioritário dos amazonenses, com a observação dos órgãos de controle “, informou o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo.
Os pacientes de Rondônia vieram numa unidade aeromédica e os do Acre aguardam para embarcar em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), ainda hoje. A operação é realizada junto com o Ministério da Saúde.
Na semana passada, dois pacientes de Porto Velho (RO) chegaram a Manaus numa ação emergencial e foram internados no Delphina Aziz.
Segundo Campêllo, o Amazonas tem hoje 33 vagas em UTI e 228 leitos clínicos nos hospitais Delphina Aziz, Nilton Lins, Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado e no Platão Araújo.
“Vivemos ainda uma situação crítica, mas temos como ajudar”, afirma o secretário da Saúde.
A Secretaria de Saúde definirá um Mapa Diário de Leitos da Operação Gratidão com a quantidade de vagas disponíveis na rede, número de remoções em andamento dentro do estado e de pacientes locais aguardando remoções já com vagas reservadas, o saldo remanescente e os leitos disponibilizados para pacientes de fora.
O cálculo também prevê reserva técnica – nem todos os leitos remanescentes devem ser usados. O governo do Estado também prevê a oferta de leitos clínicos para pacientes leves e moderados, mas sempre levando em consideração a taxa de ocupação de UTI, tomando como parâmetro a constatação de que, em média, 20% dos pacientes do Amazonas que foram para outros estados agravaram e precisaram de UTI.
Equilíbrio – Passada a fase mais aguda da pandemia, o Amazonas voltou a ampliar leitos e agora a rede hospitalar está equilibra. A partir do final de janeiro, 225 leitos, dos quais 75 de UTI, foram ativados nos hospitais de referência para a Covid-19 em Manaus. Com isso, foi possível reforçar as transferências, principalmente do interior para a capital.
Antes de iniciar a Operação Gratidão, a secretaria montou um plano operacional para agilizar as remoções do interior para a capital, com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) para garantir que o máximo de pacientes do interior ocupem os leitos disponíveis na capital.
Redução na espera – Com a taxa de ocupação de leitos clínicos da rede pública em 50,7% e de UTI em 81,9 %, nesta segunda-feira havia 33 leitos de UTI e 228 leitos clínicos exclusivos para a Covid-19 vagos na rede estadual. Dez pacientes foram removidos e onze aguardavam transferência.
As remoções intermunicipais dependem de logística de transporte e das condições hemodinâmicas do paciente para suportar o deslocamento de avião ou mesmo de ambulância terrestre.