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Padrasto que matou enteada a facadas, fingia ser mendigo em Manaus para despistar polícia

O crime ocorreu no início de agosto, na comunidade Santa Inês, bairro Jorge Teixeira, Zona Leste da capital.

Carlos Alberto Paula Soares, 36, o padrasto suspeito de assassinar a própria enteada, Jhenyffer Vitória Magno Soares, 15, a facadas no dia 1° de agosto, estava vivendo como mendigo no bairro Coroado, na zona leste.

A informação foi divulgada nesta terça-feira (30) , em coletiva a imprensa pela delegada Marília Campelo, responsável pela prisão de Carlos.

O crime foi motivado por vingança, porque a mãe da vítima havia se separado dele e estava em um novo relacionamento. No dia do crime, Carlos teria visto uma foto da mulher com o namorado nas redes sociais e por isso, decidiu matar a adolescente que passava o fim de semana com ele.

A princípio, a polícia havia informado que a vítima era ex-enteada do homem. Entretanto, durante as investigações, as autoridades descobriram que a adolescente tinha sido adotada pelo suspeito.

Facadas

Segundo a perícia, a garota foi assassinada com nove facadas no pescoço, dentro da casa do suspeito. Além disso, a menina estava sem a parte de baixo da roupa quando o corpo foi encontrado.

Sobre a suspeita de que Jhenyffer tivesse sido estuprada por estar sem a parte de baixo, a polícia não constatou conjunção carnal.

Em seu relato, o acusado disse que atacou a menina quando ela tinha acabado de sair do banheiro e por isso ela estava seminua e garante que não houve abuso sexual. 

Disfarce e contato com ex

Segundo o delegado Ricardo Cunha, Carlos passou 29 dias desaparecido, desde o dia do feminicídio. Nesse tempo, ele cortou o cabelo, passou a usar roupas velhas e se disfarçar de morador de rua a fim de não ser reconhecido pela população.

A polícia já tinha informações do disfarce e da área onde Carlos estava escondido, mas por se tratar de uma mata, as buscas por ele se tornaram mais difíceis.

A delegada Marília Campelo explica que Carlos passava a maior parte do tempo na mata e saia apenas para buscar alimentos e carregar o aparelho celular com o qual ele se comunicava com a ex-esposa, a mãe de Jhenyffer.

“Sabíamos em que área onde ele estava, mas não sabíamos se era em uma casa ou no mato e ele estava realmente no mato. Mas ele tinha o apoio de alguém porque ele carregava o celular dele e falava com as pessoas”, explica.

Na tarde desta segunda-feira (29), a polícia recebeu informações de que ele estava na avenida Cosme Ferreira e de que lá, receberia ajuda um familiar. A polícia fez campana no endereço e conseguiu prendê-lo.

Nos dias em que esteve em fuga, Carlos fez inúmeras ligações para a ex-companheira e chegou a dizer que estava indo para o bairro Compensa para matar os pais dela.

Ele afirmava que o casal morreria por nunca ter aceitado e apoiado no relacionamento dos dois.

“Foi um momento de fraqueza. Eu quero pedir perdão da família, eu não sou o primeiro a errar, mas eu estou muito arrependido desde o dia em que aconteceu isso aí. Eu só vivo chorando, eu não posso trazer minha filha de volta e eu não tenho nada para falar mal dela”, disse.

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