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‘PAP-ONLINE’: projeto financiado pela Lei de Informática da ZFM revoluciona diagnóstico de câncer no Amazonas

O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, e o superintendente-adjunto de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica, Waldenir Vieira, além de técnicos da Autarquia, reuniram-se nesta quarta-feira (13), na sede da instituição, com o médico e ex-secretário de Saúde do Amazonas, Pedro Elias Souza, que atualmente coordena a área de Saúde Digital do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV).

O principal objetivo da reunião foi a apresentação do projeto “PAP-ONLINE”, uma iniciativa inovadora, desenvolvida com recursos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Lei de Informática da Zona Franca de Manaus, que utiliza inteligência artificial e outras tecnologias para o diagnóstico precoce de câncer do colo do útero e de mama no Amazonas.

O “PAP-ONLINE” é executado pela startup WIT Tecnologia, dentro do escopo do Programa Prioritário de Indústria 4.0, e busca solucionar um problema grave de saúde pública no Estado: o Amazonas tem a maior incidência de câncer de colo de útero do Brasil, com uma taxa 139% superior à média nacional.

De acordo com o coordenador da área de Saúde Digital do HUGV, Pedro Elias Souza, o câncer do colo do útero afeta especialmente mulheres em regiões remotas do Amazonas, como as ribeirinhas e indígenas, que não têm acesso ao exame preventivo por falta de infraestrutura e de especialistas para o diagnóstico adequado. “Quando essas mulheres chegam ao único centro de tratamento no estado, que é em Manaus, já vêm em estágio avançado”, explicou o médico.

A solução proposta pelo projeto é uma plataforma completa que utiliza inteligência artificial, automação e telemedicina para diagnósticos remotos. Isso permite que o resultado do exame – que hoje pode levar de seis meses a um ano para ser entregue – saia em até 48 horas.

“O projeto já apresentou resultados práticos recentemente, como a detecção de um caso de câncer de colo de útero em uma jovem do município de Iranduba”, comemorou Souza.

Ele informou, ainda, que a primeira fase do projeto já foi concluída e que agora a equipe envolvida na iniciativa busca incluir avanços tecnológicos como o uso da citologia em meio líquido e o aprimoramento dos recursos de inteligência artificial, para que a solução possa ser validada e aplicada em larga escala no sistema de saúde do Amazonas.

De acordo com o superintendente Bosco Saraiva, a iniciativa é um exemplo do potencial de aplicação dos recursos da Lei de Informática da ZFM.

“É um projeto muito efetivo e que, inclusive, já está concorrendo a um prêmio internacional”, destacou o superintendente. “A Suframa, que fiscaliza a aplicação dos recursos de PD&I, tem incentivado projetos dessa natureza que resultem em benefícios sociais e no melhoramento da saúde pública da Amazônia como um todo. E ver um resultado final e exemplos como esse, especialmente no interior do Estado e nas regiões de periferia, é uma certeza de que a política pública da Lei de Informática está indo no caminho certo”, reforçou.

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