A beata brasileira Irmã Dulce (1914-1992) foi canonizada neste domingo (13/10) pelo papa Francisco, em cerimônia realizada no Vaticano. Com dois milagres reconhecidos pela Igreja Católica, a freira baiana se torna a primeira santa brasileira.
A cerimônia solene foi realizada na praça de São Pedro com a presença de numerosos bispos, arcebispos e cardeais, além de vários religiosos e missionários brasileiros que participam do Sínodo para a Amazônia, ao longo de outubro no Vaticano.
A celebração ainda foi assistida por autoridades dos cinco países, entre eles o príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, e o presidente da Itália, Sergio Mattarella. O Brasil é representado pelo vice-presidente Hamilton Mourão, depois de o presidente Jair Bolsonaro ter alegado problemas de agenda para não viajar a Roma.
Também foram à cerimônia os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, o procurador-geral da República, Augusto Aras, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e o ex-presidente José Sarney, que foi um político muito próximo de Irmã Dulce.
A missa teve início por volta das 10h (horário local), com uma liturgia específica para canonizações. O cardeal Angelo Becciu, prefeito da Congregação das Causas dos Santos, leu uma biografia dos cinco beatos, que em seguida foram declarados santos por Francisco.
Além de Dulce, foram canonizados outros quatro beatos: o britânico John Henry Newman (1801-1890), a italiana Giuseppina Vannini (1859 -1911), a indiana Mariam Thresia Chiramel Mankidiyan (1876 -1926) e a suíça Marguerite Bays (1876 -1926).