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Paraná vai fabricar vacina russa contra o coronavírus

Acordo deve ser assinado nesta quarta-feira (12). Produção depende de aprovação da Anvisa; comunidade internacional vê imunizante russo com ressalvas pois não há transparência sobre como ele foi criado.

O Governo do Paraná anunciou que vai assinar nesta quarta-feira (12) um convênio com a estatal russa para produzir a vacina Sputnik V. O acordo prevê que o Paraná poderá fazer testes, produzir e distribuir a vacina.

A previsão é de que o convênio seja assinado pelo governador Ratinho Júnior (PSD) e o embaixador da Rússia, às 14h de quarta. Ainda conforme o governo, o passo seguinte à assinatura do acordo é o compartilhamento do protocolo russo com a Anvisa, para que a agência libere todas essas etapas.

Ainda não foi informado sobre data para início da ação justamente porque depende da liberação da Anvisa.

É importante essa assinatura para que essa condição de troca de informações comece, afirmou Jorge Callado, presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).

“Cada passo no seu momento adequado, não podemos queimar etapas”, disse

Vacina russa

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que que a Rússia é o primeiro país do mundo a registrar uma vacina contra o novo coronavírus nesta terça-feira (11). A OMS comentou o anúncio da vacina russa: “não precisa de sua aprovação” para registrar a vacina, e que precisará ter acesso aos dados da pesquisa para avaliar a eficácia e segurança da imunização para aprová-la.

Conforme as informações russas, o Brasil vai participar da fase 3 dos estudos clínicos, que tem previsão para começar na quarta-feira (12). Serão 2 mil participantes; além dos brasileiros, deve haver voluntários da própria Rússia, dos Emirados Árabes, da Arábia Saudita e do México.

Tratativas com o Paraná

No dia 24 de julho, o governo paranaense havia informado que a cooperação técnica com a Rússia estava em andamento. O possível acordo foi tratado em uma reunião, em Brasília, entre o chefe da Casa Civil, Guto Silva, e o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov.

Pesquisa no Tecpar

Ao anunciar a parceria com a Rússia, o presidente do Tecpar está otimista com a possibilidade de ter resultados positivos com a imunização. Contudo, o presidente do Instituto ressalta que a produção e distribuição serão pautadas pela segurança e prudência.

“É um laboratório de referência em termos internacionais. Após esse ajuste com o Governo da Rússia, as tratativas tecnológicas e científicas começam. É importante nos pautarmos com prudência, segurança e transparência dentro desse processo””, afirmou Jorge Callado.

Somente após a autorização da Anvisa, o governo do Paraná afirma que vai avançar para as próximas etapas do processo.

Pesquisas

Ao todo, 165 vacinas contra a Covid-19 estão sendo pesquisadas em todo o mundo, segundo os dados da OMS no dia 31 de julho. Cinco dessas imunizações estão na fase final de testes em humanos (a fase 3).

No Brasil, há três vacinas sendo testadas contra a Covid-19.

Em julho, foi anunciado o início dos testes de uma vacina chinesa contra o novo coronavírus no Brasil. No Paraná, profissionais de saúde voluntários – público considerado mais exposto ao contágio – foram os primeiros a receber as doses da pesquisa chinesa.

Os testes são concentrados no Hospital de Clínicas do Paraná (HC), que pertence a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e fica em Curitiba. O HC é um dos doze centros escolhidos para testar a vacina.

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