
Amigo e “parça” de Neymar, o empresário Bruno Lamego Alves, está preso desde maio suspeito de ter intermediado um carregamento de 760 quilos de cocaína que seria enviado à Bélgica pelo Porto de Santos. Nas redes sociais ele e o atacante estão juntos em viagens por Paris, jogos da seleção e em duas festas de aniversário do craque — tanto na mais badalada como na reservada aos mais íntimos. Em um vídeo no Instagram de dezembro de 2018, ele aparece rindo ao levar um chute de Neymar como “castigo” por ter perdido no truco.
De acordo com documentos do inquérito da PF, que a revista VEJA teve acesso, o empresário procurou, no início de 2017, uma grande produtora de milho do Paraná para exportar fubá para a Europa. Teria se passado por um holandês chamado Robert Nuur, representante de uma importadora gigante dos Países Baixos conhecida por comercializar café e cacau da América do Sul.
A PF já apreendeu contêineres com drogas no Porto de Santos, o maior da América Latina. Só em 2019, foram apreendidas mais de 10 toneladas. Mas o esquema que Alves é suspeito de ter montado chamou atenção pela engenhosidade.