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Pazuello assume Saúde interinamente após saída de Teich

Secretário-executivo da pasta é um dos nomes cotados para ficar com o cargo

O general Eduardo Pazuello vai assumir interinamente o cargo de ministro da Saúde após a saída de Nelson Teich anunciada nesta sexta-feira (15). Pazuello foi nomeado secretário-executivo da pasta no dia 22 de abril. Ele despacha nesta sexta com Teich e, teria sido convidado para ficar no cargo.

O deputado e ex-ministro Osmar Terra também é cotado, mas a preferência de Bolsonaro é por Pazuello, que tinha assumido a missão no Ministério da Saúde de forma temporária.Terra está em Brasília, não foi sondado, nem tem previsão de ir ao Planalto.

Bolsonaro se encontra com médica que defende cloroquina para covid – Pouco depois de o agora ex-ministro da Saúde Nelson Teich pedir demissão, o presidente Jair Bolsonaro e a médica imunologista e oncologista Nise Yamaguchi se encontraram, nesta sexta-feira (15), no Palácio do Planalto. Nise participava de um evento do governo federal para incentivar a denúncia de violência doméstica, que nada tinha a ver com saúde.

Quando o evento acabou, Nise subiu junto com presidente da República até o gabinete dele. Vale lembrar que Nise é bastante alinhada com Bolsonaro quanto ao isolamento vertical e também quanto ao uso da cloroquina para tratamento da covid-19. Nise defende o uso da droga para salvar pacientes com a doença. Após a saída de Teich, o general Eduardo Pazuello assumiu interinamente o cargo de ministro da Saúde. No entanto, ainda não está claro se Pazuello seria efetivado. Se isso não ocorrer, Nise aparece como uma das candidatas a assumir a pasta.

Teich pediu exoneração – Teich estava no ministério quando foi convocado ao Planalto por Bolsonaro para uma reunião, por volta de 11h. A exoneração foi a pedido de Teich, que não aceitou as premissas do presidente “acima da ciência”. Teich não aceitou adotar a medicação hidroxycloriquina de forma indiscriminada, também em pacientes com sintomas iniciais de síndrome gripal.

As diretrizes traçadas pelo ministro para distanciamento social, estabelecendo gradações desde a flexibilização até lockdown também não foram aceitas nem pelo Planalto, nem pelos conselhos de secretários de saúde, Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e Conasems (Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde). A assessoria do Ministério da Saúde prevê uma entrevista coletiva em que o próprio Teich esclareça as razões de sua saída.

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