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Pazuello depõe à PF em inquérito sobre crise sanitária do Amazonas

Titular da pasta da saúde é alvo de uma investigação por supostamente ter se omitido, mesmo sabendo com antecedência da iminente falta de oxigênio, além de ter recomendado uso de medicamentos sem eficácia contra a covid-19

Segundo PGR, ministério soube de risco de colapso no Amazonas em dezembro, mas só enviou técnicos em janeiro.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, começou a prestar depoimento no início da tarde desta quinta-feira à Polícia Federal, em Brasília, no inquérito que investiga a conduta dele em relação à crise sanitária no Amazonas.

O inquérito foi aberto por determinação do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República.

Lewandowski avaliou que, por se tratar de uma fase inicial das investigações, Pazuello poderia escolher data, horário e local do depoimento. O ministro depôs no hotel militar onde mora.

No pedido do inquérito, a PGR argumentou que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre um possível colapso do sistema de saúde na capital do Amazonas ainda em dezembro, mas só enviou representantes ao estado em janeiro deste ano.

Ainda em janeiro, o sistema de saúde do estado entrou em colapso, com a disparada dos casos de Covid-19. Nos momentos mais críticos da crise, os hospitais, superlotados, não conseguiam receber pacientes e foi necessário se iniciar a transferência para outros estados. Unidades de saúde ficaram sem oxigênio hospitalar para tratar os doentes. O estado registrou forte alta nas mortes por Covid-19.

Entre as possíveis falhas do ministério, a PGR também apontou indícios de atraso para o envio efetivo de oxigênio hospitalar às cidades amazonenses.

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