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Pazuello se reúne com governadores para tratar de vacina

Ministro da Saúde terá encontro virtual com governadores nesta terça-feira. Estados devem cobrar do governo federal maior incorporação de vacinas ao SUS, além de pedir uso emergencial dos imunizantes

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, deve realizar uma reunião na terça-feira, 8, com governadores para tratar da compra de vacinas contra a covid-19. O encontro será feito no Palácio do Planalto, mas a maioria dos governadores deve participar por meio de videoconferência.

Em outubro, durante reunião com governadores, Pazuello anunciou que compraria doses da Coronavac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantã, órgão ligado ao governo paulista de João Doria (PSDB). Após ser desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro, porém, o ministério recuou e negou a compra do imunizante. Nessa videoconferência Pazuello estava no Ministério da Saúde.

A Saúde não deu explicações sobre o porquê de a reunião, desta vez, ser feita no Palácio do Planalto. A Presidência não informou se Bolsonaro e ministros palacianos participam da conversa.

Os governadores devem cobrar que o ministério incorpore ao SUS o maior número de vacinas possível, além de pedir mobilização para uso emergencial dos imunizantes, que pode ser feito ainda com estudos clínicos em andamento.

Pazuello tem dito, porém, que só comprará mais vacinas após o registro dos produtos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Tutelado pelo Planalto, o ministro da Saúde ainda tem ignorado a Coronavac ao falar sobre o plano para vacinar a população.

O governo Jair Bolsonaro aposta na vacina de Oxford. A Fiocruz trabalha para incorporar a tecnologia e produzir as próprias doses desse imunizante. Mas os pesquisadores responsáveis pelo estudo de Oxford já reconheceram erros nos testes iniciais e a necessidade de ampliar ensaios clínicos para medir a eficácia, o que deve atrasar o registro.

Além disso, a pasta espera receber doses para 10% da população brasileira por meio da Covax Facility, consórcio internacional liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O ministério também tem feito reuniões com outras farmacêuticas, como a Pfizer, mas não se comprometeu com a compra de novos imunizantes. A pasta e a Pfizer trataram nesta segunda-feira, 7, sobre pontos de um “memorando” não vinculante de interesse sobre a vacina. Um dos pontos de divergência entre as partes é o número de doses ofertadas.

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