“Esse cara tem que ser assassinado. Ele e a família…você (Bolsonaro) tem que morrer, você é um câncer…”, diz o jornalista Vina Guerreiro em vídeo gravado e divulgado na internet
O diretório do Partido Democrático Trabalhista (PDT) de São Paulo decidiu afastar o jornalista Vina Guerreiro das funções de coordenador do Movimento Comunitário Trabalhista da capital paulista e vai solicitar a sua expulsão do partido. O jornalista gravou e divulgou um vídeo onde, entre outras ameaças, diz que “alguém tem que matar Bolsonaro”.
O PDT de São Paulo também informou que irá levar o caso de Guerreiro à Comissão de Ética do partido e solicitará sua expulsão na próxima reunião executiva da legenda, na próxima sexta-feira.
Guerreiro pede no vídeo que os “companheiros” que pequem armas com a Venezuela para começar uma guerra no Brasil. Essas declarações levaram o ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, a enviar ofício ao diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, pedindo que seja aberto um inquérito e a adoção de providências imediatas para apuração do caso, “diante da gravidade dos fatos”.
No documento enviado por Moro, o ministro sugere, ainda, que a PF verifique se há a possibilidade da conduta de Guerreiro se enquadrar em crimes mais graves como os previstos na Lei de Segurança Nacional.
Confira a nota do diretório municipal na íntegra:
“O PDT/SP da Capital vem por meio desta nota repudiar as declarações de ameaça de um filiado de nosso partido que foram colocadas publicamente em seu canal no Youtube e amplamente divulgadas pela imprensa no dia de hoje. Gostaríamos de deixar muito claro que trata-se de uma ação puramente individual e isolada na qual o PDT da cidade de São Paulo não participa ou coaduna de absolutamente nenhuma maneira.
Não compactuamos com o autoritarismo, venha ele de onde vier, seja da direita, seja da esquerda. O Diretório Municipal do Partido Democrático Trabalhista de São Paulo defende a democracia e condena todo tipo de incitação à violência, de radicalização, de ataques pessoais e de manifestações que estimulam o ódio e prejudicam a construção do diálogo e unidade do nosso povo.
Tal como colocado em nosso manifesto na fundação de nosso partido, a alternativa Democrática Trabalhista da qual somos fiadores é a de firme e sistematicamente, através de políticos e decisões democráticas, promover e realizar a eliminação dos privilégios internos e todos os fatores de nossa dependência externa.
O PDT da cidade de São Paulo, portanto, afastou o filiado das atividades partidárias e encaminhará o caso para as devidas instâncias superiores (Comissão de Ética) nesta próxima sexta-feira, em sua reunião Executiva, para que sejam tomadas as medidas éticas previstas nas normas estatutárias.
Diretório do PDT/SP da Capital”