/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/9/S/2EQC4FRjWBAzFbhjwthw/whatsapp-image-2024-02-16-at-17.00.54-1-.jpeg)
A perícia realizada no presídio federal de Mossoró, no interior do Rio Grande do Norte, de onde dois presos ligados ao Comando Vermelho (CV) fugiram na última quarta, foi concluída e as fotos feitas (acima) pelos peritos mostram o buraco na parede da cela por onde eles escaparam na madrugada da última quarta-feira (14).
Considerados presos de “alta periculosidade” e ligados ao CV, Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça fugiram da unidade de segurança máxima por volta das 3h30. Desde então, eles são ‘caçados’ por uma força-tarefa da Polícia Federal, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal e tiveram seus nomes incluídos na lista de difusão vermelha da Interpol.
Os presos arrancaram uma parte metálica onde ficava a iluminária da cela. Dali, subiram até o teto da penitenciária onde acessaram uma espécie de shaft, uma abertura entre as paredes por onde passam tubulações de água e ventilação. Depois, eles atravessaram um tapume que cobria um canteiro de obras, de onde arranjaram um alicate. O presídio passava por uma obra de readequação no pátio onde ocorre o banho de sol. A ferramenta foi utilizada para cortar o alambrado e fazer uma passagem para fora do presídio.
Na hora da fuga, algumas câmeras de segurança e lâmpadas não estavam “funcionando adequadamente”, segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Isso fez com que os guardas só detectassem a fuga uma hora e meia depois quando conferiram a cela vazia. Lewandowski também disse que naquele momento os servidores estavam “mais relaxados” em razão do feriado de carnaval.
Uma investigação foi instaurada pela Polícia Federal para apurar se a fuga foi realizada com a ajuda de algum agente penitenciário ou operário da obra. O ministro da Justiça determinou o afastamento da atual direção do presídio e nomeou um interventor para administrar o local, enquanto o inquérito não for concluído.
Além de fazer o exame da cela, os peritos recolheram objetos com material genético para saber se mais alguém acessou o local onde os presos estavam abrigados.