
Pesquisa realizada pelo Instituto Realtime Big Data, encomendada pela CNN Brasil, levantou que quase metade dos brasileiros não tomariam a vacina chinesa. Em segundo lugar vem a russa, com 38% de rejeição nacional.
Para os entrevistados, os imunizantes de Oxford (Reino Unido) ou dos EUA e Alemanha, tem uma rejeição menor de 22%. A pesquisa tanbém identificou que há diferenças de gênero. Nas respostas sobre a Rússia, homens (43%) rejeitaram mais o imunizante do que mulheres (33%).
O levantamento ouviu mil entrevistados por telefone, nos dias 13 e 14 de outubro. A margem de erro é de três pontos (para mais ou para menos) e o nível de confiança é de 95%. Isto significa que se a mesma pesquisa fosse feita 100 vezes, o resultado seria o mesmo, dentro da margem de erro, em 95 (veja abaixo).

No Brasil estão em teste as seguintes vacinas: a da farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, a da Universidade de Oxford/AstraZeneca (Reino Unido), a da Pfizer/BioNtech (EUA e Alemanha) e a da Johnson & Johnson/Janssen (Bélgica) – esta última teve o teste pausado nesta semana, após um participante adoecer.
A pergunta feita pelo instituto não citou o nome das vacinas ou fabricantes, mas somente o dos países envolvidos, da seguinte forma: “Você tomaria a vacina da China?” (e em seguida da Rússia, de Oxford e dos EUA/Alemanha).
A aceitação à origem das vacinas oscilou de acordo com a faixa etária dos entrevistados e outras características como gênero e região. No caso da China, por exemplo, a rejeição é menor entre 16 e 24 anos (37%) e maior entre os que têm 49 e 59 anos (56%).
Apesar da rejeição, os números mostram que pelo menos metade da população estaria disposta a tomar qualquer uma das vacinas mencionadas, independentemente do país de origem.
A Sinovac, de origem chinesa, teve resultados positivos em uma pesquisa com 50 mil voluntários na China, segundo o governo de São Paulo. De acordo com o governo paulista, a vacina é segura e não apresentou reações adversas significativas. Nos estudos clínicos que estão sendo feitos no Brasil desde o dia 21 de julho, também não foi registrada reação adversa grave.