Nos últimos cinco anos, foram registradas 720 mortes resultantes de agressões, atingindo o ápice em 2021, com 136 mulheres perdendo suas vidas tragicamente.
Um recente levantamento realizado pelo Instituto Igarapé, em colaboração com a Uber, trouxe à tona uma realidade alarmante: a crescente incidência de violência sexual no Amazonas entre os anos de 2017 e 2022.
Os dados, obtidos a partir de estatísticas oficiais da Saúde e Segurança Pública, revelam uma tendência preocupante e que demanda atenção urgente.
Durante o período analisado, o estado testemunhou um aumento significativo nos casos de violência, com 2019 se destacando como o ano com maior incidência de violência psicológica, totalizando 850 registros.
Além disso, nos últimos cinco anos, foram registradas 720 mortes resultantes de agressões, atingindo o ápice em 2021, com 136 mulheres perdendo suas vidas tragicamente.
Os números são igualmente perturbadores quando se observa o panorama de 2022. Neste ano, foram reportados 14 casos de feminicídio, 975 estupros e 84 homicídios dolosos de mulheres somente no Amazonas. Esses dados refletem um aumento alarmante de 229,3% nas taxas de feminicídio ao longo dos últimos cinco anos.
Na capital amazonense, a situação não é menos preocupante, com 13 casos de feminicídio, 780 estupros e 78 homicídios dolosos de mulheres registrados em 2022.
Amazônia Legal
No contexto mais amplo da Amazônia Legal, a situação das mulheres também é motivo de grande preocupação.
Nos últimos cinco anos, observou-se um aumento de 47% nas taxas de violência não letal na região, em contraste com um crescimento de apenas 12% no restante do Brasil.
A violência física e patrimonial também apresentou um aumento significativo, destacando a urgência de medidas para proteger a segurança e bem-estar das mulheres na região.
Diante desses dados alarmantes, é evidente a necessidade de ações concretas por parte das autoridades e da sociedade como um todo para combater e prevenir a violência contra as mulheres no Amazonas e em toda a Amazônia Legal.