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Petrobras arremata área no Amazonas que pode ter mais petróleo que o Golfo do México

Estatal arremata participação da Total em 5 blocos de petróleo que, segundo geólogos, pode conter até 14 bilhões de barris de petróleo, mais que as reservas provadas mexicanas

Com seca dos rios, Petrobras tem dificuldade para escoar petróleo e gás |  Amazonas | G1

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu autorização para a Petrobras arrematar a totalidade das participações da petroleira francesa Total em cinco blocos de exploração de petróleo e gás na Foz do Rio Amazonas.

O acordo ocorreu após a Total ter anunciado em setembro de 2020 a desistência dos ativos, devido a dificuldades para a obtenção de licenças ambientais, uma vez que a região da Foz do Amazonas é considerada ambientalmente sensível devido a um enorme recife de corais descoberto nas redondezas.

Além da Total, a Petrobras ainda tem a britânica BP como sócia nos blocos de petróleo. A Petrobras já era detentora de 30% nos blocos, com o acordo aprovado pelo Cade, a estatal aumentará sua participação nos blocos para 70%, enquanto a BP continuará com 30% e a Total deixará o ativo.

A transação recebeu aval sem restrições do Cade, de acordo com publicação no Diário Oficial da União na última terça-feira (3)

“Total e Petrobras acordaram que, como condição para a concretização da cessão, a Total depositará na conta da Petrobras o valor equivalente a 40% das unidades de trabalho não performadas até a data do fechamento da operação, acrescido dos valores atribuíveis aos tributos pertinentes (PIS-Cofins), que serão devidos pela Petrobras”, explicou o Cade, em parecer.

Na época em que a Total anunciou o interesse em deixar os blocos na Foz do Amazonas, a Petrobras disse que a região é uma “fronteira exploratória de alto potencial” e que ficaria com a fatia da empresa se a BP não tivesse interesse.

Foz do Amazonas

DefesaNet - TOA - AMAZONAS - Nova era do petróleo na Foz do Amazonas

Geólogos afirmam que a área pode conter até 14 bilhões de barris de petróleo, mais que as reservas provadas do Golfo do México.

Mas ambientalistas vêm tentando evitar a exploração de petróleo no Foz do Amazonas desde que um recife de corais foi descoberto nas proximidades, o que já levou a organização ambientalista Greenpeace a realizar protestos contra atividades das empresas na área.

Os blocos FZA-M-57, FZA-M-86, FZA-M-88, FZA-M-125 e FZA-M-127 no Foz do Amazonas, ainda se encontram em fase exploratória, e não é possível estimar se as atividades resultarão em descoberta de petróleo e gás em volume que justifique investimentos no desenvolvimento e produção.

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