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PF desarticula quadrilha que fabricava e traficava armas para garimpo AM e RR


Operação cumpre 10 mandados de prisão e 20 de busca e apreensão em Roraima e no Amazonas. Investigação descobriu galpão usado para produzir armas em Boa Vista. Organização criminosa também atuava na exploração de ouro em terras indígenas

PF realiza operação contra quadrilha que armava garimpeiros em Roraima e no Amazonas
Policiais federais no galpão usado pela quadrilha para fabricar armas: Foto/divulgação PF

A Polícia Federal faz nesta sexta-feira (13) em Roraima e no Amazonas uma operação que mira uma quadrilha suspeita de fabricar e traficar armas para abastecer garimpos ilegais e facções criminosas nos dois estados da região Norte.

Na operação, batizada K’daai Maqsin, mais de 80 policiais federais cumprem 10 mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão nas cidades de Boa Vista e Uiramutã, em Roraima, e Manaus, capital do Amazonas.

Além de fornecer armas a facções criminosas e garimpeiros, os chefes do grupo também operavam diretamente na exploração ilegal de ouro em terras indígenas, detalhou a PF.

Em 2018, Roraima registrou a maior taxa de homicídios do país, índice que é principalmente relacionado ao avanço e à disputa entre facções que operam no tráfico de drogas no estado.

Logo no começo das investigações, a polícia descobriu em Boa Vista um galpão que era usado como oficina para a fabricação e comercialização de armas de fogo e munições de forma irregular.

“Com o avanço da apuração, a PF identificou uma rede de armeiros irregulares que estariam operando no estado, inclusive contando com o apoio de um estabelecimento comercial familiar que operaria com aparente legalidade”, detalhou a PF.

Mais de 80 policiais cumprem mandados na operação desta sexta (13) em Boa Vista, Uiramutã e Manaus — Foto: Divulgação/PF

Mais de 80 policiais cumprem mandados na operação desta sexta (13) em Boa Vista, Uiramutã e Manaus . Foto: Divulgação/PF

Na semana passada, a PF desarticulou também em Roraima um grupo de contrabandistas de ouro da Venezuela e de garimpos clandestinos no estado. Eles exportavam o minério para a Índia e Emirados Árabes.

Agora, na K’daai Maqsin – nome que faz referência a uma divindade maligna da cultura do povo iacuto que habita uma região próxima à Sibéria – os principais crimes investigados são a participação em associação criminosa ou organização criminosa e o comércio ilegal de armas de fogo.

Ainda segundo a PF, os mandados foram expedidos pela Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas da Justiça Estadual de Roraima. O Ministério Público do Estado e a 1ª Brigada de Infantaria de Selva ajudaram nas investigações.

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