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PF e Civil apuram mortes em região do Amazonas

Direitos humanos pediram apuração, área é alvo de operação contra o narcotráfico

Plantações de macoha foram encontradas na região onde os policiais trabalham há duas semanas

As polícias Federal (PF) e Civil do Amazonas tentam elucidar as causas das mortes de pelo menos quatro pessoas, cujos corpos foram encontrados ao longo da última semana no município de Nova Olinda do Norte (AM), a cerca de 130 quilômetros ao sul de Manaus.

Todas as vítimas foram mortas a tiros. As informações sobre o caso ainda são vagas, mas a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas suspeita que os quatro homicídios estão relacionados entre si e a outras três mortes decorrentes de uma operação contra o tráfico de drogas, deflagrada pelo governo estadual no início do mês. https://portalvoce.com/policia-caca-assassinos-de-pms-em-nova-olinda-do-norte/.

Ao menos três pessoas suspeitas de ligação com uma organização criminosa que atua na região foram até esta quarta-feira (12).

Denúncias – Dias após a ação policial, ribeirinhos e entidades como a Comissão Pastoral da Terra (CPT), começaram a denunciar a violência policial contra moradores da região. Em nota, a CPT manifesta sua preocupação com o que classificou de atuação policial violenta. https://portalvoce.com/policia-encontra-plantacoes-de-maconha-e-garimpo-ilegal-onde-pms-foram-emboscados-e-mortos/

 Não há confirmação da identidade de todas as sete pessoas mortas, mas segundo a Comissão Pastoral há, entre elas, um índio da etnia Munduruku – Josimar Moraes Lopes era morador da aldeia Laguinho, que fica na Terra Indígena Kwatá-Laranjal. Seu corpo foi encontrado em um igarapé, no último dia 7.https://portalvoce.com/confronto-entre-bandidos-e-policiais-deixa-mulher-e-criancas-feridas/

Em resposta às acusações, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que, até o momento, a morte de Eligelson Silva, que trocou tiros com policiais, é o único óbito diretamente relacionado à operação em curso. Quanto a Josimar Moraes Lopes, o índio munduruku encontrado morto, a pasta diz que a suspeita é que ele tenha sido assassinado por traficantes.

Entenda – Em julho, o então secretário executivo do Fundo de Promoção Social do Amazonas, Saulo Moysés Rezende Costa, pescava com um grupo de amigos no Rio Abacaxis, quando foi expulso do lugar a bala.

Segundo a Secretaria de Segurança, ao se deslocarem para a região  investigadores identificaram indícios de tráfico de drogas, formação de milícia armada e possível existência de uma facção criminosa.

A secretaria deflagrou uma operação policial, com o objetivo de abordar e revistar embarcações, procurar eventuais plantações de maconha e impedir o transporte de outras drogas.

Emboscada – Na noite do dia 3, após um único dia de ação nas proximidades de Nova Olinda do Norte, agentes da Companhia de Operações Especiais (COE) e do Batalhão Ambiental foram emboscados.

Dois policiais militares, o terceiro-sargento Manoel Wagner Silva Souza e o cabo Márcio Carlos de Souza, acabaram mortos. Mais dois militares ficaram feridos.https://portalvoce.com/pms-mortos-e-feridos-sao-promovidos-por-bravura/

Controle fluvial – Inaugurada no dia 4, a Base Fluvial Arpão integra as ações do Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas (Programa Vigia) e, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, dará suporte a operações policiais de combate ao narcotráfico no Rio Solimões, entre os municípios de Tefé e Coari – na Região do Baixo Solimões, a cerca de 363 quilômetros de Manaus.

A base comporta cerca de 60 agentes de segurança pública. A proposta é reunir efetivos da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Federal e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além de médicos, dentistas e enfermeiros.

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