O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou oito mandados de busca e apreensão, que a Polícia Federal está cumprindo, nesta sexta-feira em São Paulo, Brasília e Goiás, nas investigações de suspeita de injuria e difamação contra ministros da Suprema Corte. O candidato derrotado ao governo do DF pelo PSL. General da reserva, Paulo Chagas, é um dos investigados.
Alexandre de Moraes é relator do inquérito aberto em março para apurar ofensas a magistrados do STF e informações falsas envolvendo integrantes da Corte. Essa é mais uma ação de Moraes nos últimos dias contra a divulgação de informações que citam membros do STF em redes sociais e no noticiário.
O ministro manou retirar publicações que relacionam o presidente do STF, Dias Toffoli, (ex-advogado do Partido dos Trabalhadores nas campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 1998, 2002 e 2006), à empreiteira Odebrecht. As informações foram divulgadas pela revista Crusué o site O Antagonista. Moraes estipulou uma multa diária de R$ 100 mil, caso sua decisão não fosse cumprida.
Segundo reportagem publicada pela revista na última quinta-feira (11), a defesa do empresário Marcelo Odebrecht juntou em um dos processos contra ele na Justiça Federal em Curitiba um documento no qual esclareceu que um personagem mencionado em email, o “amigo do amigo do meu pai”, era Dias Toffoli, que, na época, era advogado-geral da União. “O Antagonista” também publicou notas sobre o tema.