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PF indicia Bolsonaro por falsificação de certificado vacinal

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o deputado federal Gurtemberg Reis (MDB-RJ) pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação. As investigações se arrastam desde 2021 e são referentes a suposta fraude em certificados de vacinação contra a Covid-19.

De acordo a PF, o inquérito visava esclarecer se teriam sido forjados dados do certificado de vacinação de parentes do ex-presidente, como de sua filha, Laura Bolsonaro, de 12 anos.

Bolsonaro afirmou, na manhã desta terça-feira (19) em Brasília, que nunca se vacinou e disse isso publicamente durante a pandemia de Covid-19. Segundo ele, houve sim uma fraude de alguém que falsificou o documento, mas que não teria sido ele.

O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fábio Wajngarten, criticou a divulgação do indiciamento de Bolsonaro e Mauro Cid, pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (19). Por meio das redes sociais, ele lamentou o que chamou de vazamento seletivo.

“Vazamentos continuam aos montes ou melhor aos litros. É lamentável quando a autoridade usa a imprensa para comunicar ato formal que logicamente deveria ter revestimento técnico e procedimental ao invés de midiático e parcial”, escreveu.

Com o indiciamento, o processo vai para o Ministério Público, que já se pronunciou no ano passado sobre o caso. O Ministério Público Federal (MPF) não vê indício de participação de Jair Bolsonaro (PL) no esquema de falsificação de carteiras de vacinação para Covid-19, do qual ele foi beneficiado para viajar aos EUA no final de seu mandato.

Em petição a Alexandre de Moraes, em maio de 2023, relator do caso no STF, o órgão afirmou que as provas colhidas pela PF apenas apontam que o esquema teria sido capitaneado pelo ajudante de ordens, Mauro Cid.

“O que se extrai é que MAURO CESAR BARBOSA CID teria arquitetado e capitaneado toda a ação criminosa, à revelia, sem o conhecimento e sem a anuência do ex-Presidente da República JAIR MESSIAS BOLSONARO”, afirma a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, que assinou a petição na ocasião.

O MPF vai receber novamente o pedido de indiciamento e vai decidir se apresenta uma denúncia à Justiça ou arquiva.

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