
De olho em crimes eleitorais, a Polícia Federal no Amazonas intensificou as fiscalizações no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes de Manaus, no aeroclube da cidade e no porto da capital amazonense para reprimir a compra de votos no interior do estado. Durante as operações desde o último dia 21, já foram apreendidos R$ 81,7 mil em dinheiro vivo, sem ter a origem identificada.
Ontem (26) os agentes apreenderam mais de R$ 19 mil em espécie em uma caixa de papelão lacrada, dentro de um avião que decolaria para um município amazonense do Aeroclube de Manaus, no bairro de Flores, próximo a rodoviária da cidade.
O dinheiro estava com um passageiro que foi levado para a Superintendência da PF, no Dom Pedro I, na Zona Centro-Oeste da capital, onde prestou depoimento.
A fiscalização foi reforçada desde o último dia 21 e vai até o próximo domingo (30), quando será realizado o 2º turno das eleições.
Na última terça-feira (25), um servidor público foi detido pela Policia Federal com mais de R$ 5 mil em dinheiro, trocados em notas de menor valor, sem justificar a origem, no Aeroporto Eduardo Gomes. Ele viajava para interior do Amazonas e também foi encaminhado à Superintendência da PF, onde foi ouvido.
No mesmo dia, a equipe de fiscalização do Porto de Manaus abordou um advogado durante fiscalização de rotina. Ele estava com R$ 33 mil em espécie, em cédulas de pequeno valor e também foi encaminhado à Superintendência da PF para prestar esclarecimentos.
Interior
Nem só em Manaus há registros de casos. Na última terça-feira (24), durante fiscaliazação no check out do Aeroporto de Tabatinga (AM), foram apreendidos, com um suspeito, santinhos eleitorais de candidato a governador do estado, além de R$ 24, 7 mil em dinheiro escondidos na roupa.
“Os santinhos estavam dentro da mala do passageiro, que foi preso em flagrante e encaminhado à Delegacia da Policia Federal em Tabatinga, onde continuará a investigação sobre a origem do dinheiro. Ele responderá por crime eleitoral elencado no artigo 299 e 350 do Código Eleitoral, sob pena de reclusão e multa”, disse a PF, em nota.