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PF investiga pagamento de propina ao deputado Sérgio Souza


No total, estão sendo cumpridos 18 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília


O deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR)
Foto: Divulgação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira, a Operação Grand Bazaar, para desarticular esquema criminoso de pagamentos de propina por pessoas envolvidas em fraudes a fundos de pensão. Um dos alvos da ação é o deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR). Ele foi relator da CPI dos fundos de pensão.

Além do parlamentar, também são alvos da operação o lobista Milton Lyra e o advogado Marcos Joaquim. Um das bases da ação foi a delação do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, apontado como operador do MDB.

Milton Lyra também é apontado como operador do MDB e foi preso no ano passado na operação Rizoma, do Rio, por ordem do juiz Marcelo Bretas. Pouco mais de um mês depois, ele acabou solto por determinação do STF .

A investigação, instaurada no ano de 2018, teve início a partir da colaboração premiada de um operador financeiro que atuou em diversas fraudes desvendadas pelas Operações Cui Bono e Patmos, ambas deflagradas pela PF em 2017. As fraudes também foram investigadas por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que funcionou na Câmara dos Deputados, nos anos de 2015 e 2016.

De acordo com a PF, o ciclo de lavagem de dinheiro envolvia a remessa de recursos desviados dos fundos de pensão para empresas de fachada nos Estados Unidos. Com a confirmação do recebimento de valores em contas indicadas no exterior, operadores disponibilizavam recursos em espécie no Brasil, a fim de que fossem entregues em endereços vinculados a supostos intermediários do deputado, tanto em residências em Brasília como em hotéis em São Paulo.

No total, estão sendo cumpridos 18 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Cerca de 100 policiais federais participam da operação contra outos beneficiários dos recursos, operadores financeiros, um advogado e empresários que teriam pago vantagens indevidas ao parlamentar em troca de proteção na citada CPI.

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