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Operação da PF em Manaus mobiliza 150 agentes contra tráfico e lavagem de dinheiro

Polícia cumpre 17 mandados de prisão preventiva, 8 medidas cautelares diversas da prisão, 47 mandados de busca e apreensão e o sequestro de veículos e bloqueio de contas bancárias dos investigados.

A Polícia Federal realiza nesta quarta-feira (30), a Operação Barões do Arcanjo, com o objetivo de desmantelar grupos criminosos atuantes no tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro na região do alto e médio Rio Negro, especificamente na cidade de São Gabriel da Cachoeira/AM.

As investigações da PF iniciaram após uma rota de tráfico ser descoberta no município de São Gabriel da Cachoeira, no interior do Amazonas. De acordo com a polícia, a droga vinha do município até a cidade de Manaus, e depois era distribuída por todo país.

A ação mobiliza mais de 150 policiais federais, que cumprem 17 mandados de prisão preventiva, 8 medidas cautelares diversas da prisão, 47 mandados de busca e apreensão e o sequestro de veículos e bloqueio de contas bancárias dos investigados em Manaus/AM, São Gabriel da Cachoeira/AM, Tabatinga/AM, Alenquer/PA, Diadema/SP e Boa Vista/RR. Os mandados foram deferidos pela Justiça Estadual do Amazonas.

Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos também em São Paulo, Pará e Roraima.

A Operação Barões do Arcanjo deu início por meio de informações que apontavam para uma rede criminosa financiada por empresários, envolvidos na comercialização de drogas, tráfico de armas e na lavagem de dinheiro, indicando que em proveito da atividade comercial, vigorava um apoio logístico operacional entre os traficantes e empresários locais.

A análise investigativa realizada pela PF, revelou uma rede complexa de transições financeiras atípicas e operações suspeitas, indicando o uso de laranjas e empresas de fachada para a lavagem de dinheiro, que movimentou mais de R$ 30 milhões nos últimos dois anos (desde 2022).

As medidas cautelares impostas aos investigados visam obter elementos que comprovem a prática dos crimes investigados, além de aprofundar a investigação sobre a procedência, destinação da droga e identificação de outras pessoas envolvidas. As penas dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de capitais podem ultrapassar 30 anos de reclusão.

Mulas do tráfico

Em São Paulo, uma mulher suspeita de ser a chefe de uma organização criminosa e conhecida como ‘Mãe das Mulas’, foi responsável pelo envio de diversas mulas do tráfico ao exterior, algumas das quais presas no Aeroporto Internacional de São Paulo e encaminhadas ao hospital público para que pudessem expelir a droga ingerida.

Operação Mula D’Ouro, com o objetivo de desarticular um grupo, identificado como responsável pelo envio de pessoas, especialmente ao continente europeu, transportando drogas engolidas dentro de cápsulas.

Policiais federais, com o apoio da Polícia Militar do estado de São Paulo, cumprem um mandado de prisão e um de busca e apreensão, num bairro da zona leste de São Paulo, com o objetivo de prender uma mulher suspeita de ser a chefe de uma organização criminosa, que foi responsável pelo envio de diversas mulas do tráfico ao exterior, algumas das quais, que foram presas no Aeroporto Internacional de São Paulo e encaminhadas ao hospital público para que pudessem expelir a droga ingerida.

Por meio das investigações, que tiveram início no mês de setembro de 2024, foram colhidos indícios de que o grupo é composto por pelo menos quatro indivíduos, sendo que entre eles haveria um profissional da enfermagem, que seria o responsável pela aplicação de medicamentos que auxiliam na manutenção das cápsulas, contendo cocaína, dentro do organismo.

A quantidade de presos com droga engolida na forma de cápsulas, somente entre janeiro e 29 de outubro de 2024, já soma 161 indivíduos. Esse número já supera em quase 300% o total do ano de 2023 (41 pessoas).

Em 2024 a PF, neste aeroporto, já deflagou mais de 10 operações contra grupos criminosos, que atuam de forma semelhante, e prendeu mais de 30 indivíduos. Em uma delas, Operação Toca Para Paris, os envolvidos foram condenados a penas superiores a 9 anos de prisão.

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