
O celular é considerado quase uma extensão do corpo. Nele, estão armazenados informações pessoais, profissionais, dados bancários, registros de saúde e a rotina de seus usuários. Qualquer falha de segurança nesse dispositivo traz prejuízos imediatos.
Segundo levantamento recente da Fortinet, o Brasil registrou recorde de ciberataques em 2025. Entre as principais portas de entrada para criminosos digitais estão os celulares, alvo de golpes cada vez mais sofisticados.
Para reforçar a proteção desse aparelho tão essencial, o especialista em tecnologia do Grupo Info, Marcos Henrique, destaca que dois dos maiores inimigos da segurança dos celulares são o phishing e o uso de redes Wi-Fi públicas.
“O phishing é um golpe em que o criminoso envia links ou arquivos suspeitos, geralmente por aplicativos de mensagem ou SMS. Quando a pessoa clica, o invasor consegue acesso a dados bancários e informações pessoais, chegando até a contas em redes sociais”, explica Marcos Henrique.
Outro risco está no uso do Wi-Fi público, comum em shoppings e aeroportos, que pode permitir que pessoas mal-intencionadas interceptem informações.
Entre as medidas que ajudam a reforçar a segurança, diz ele, estão a utilização de biometria (digital ou facial), o uso de autenticação em duas etapas em todos os aplicativos, principalmente redes sociais e de bancos, além de se manter atento às atualizações oferecidas pelos fabricantes dos celulares.
“É importante verificar se a marca garante suporte de segurança prolongado. Alguns modelos da Samsung, por exemplo, oferecem até sete anos de atualização de segurança, enquanto aparelhos da Motorola chegam a dez anos”, ressalta o especialista.
Além disso, ele cita práticas simples podem fazer diferença, como baixar aplicativos apenas em lojas oficiais, evitar clicar em links suspeitos e não acessar contas bancárias quando estiver conectado a wi-fi público.
De acordo com o especialista do Grupo Info, para um futuro não muito distante, a expectativa é que a própria inteligência artificial ajude a aumentar a proteção dos usuários.
“Com o avanço da IA, será possível detectar comportamentos anormais em contas e dispositivos, bloqueando ameaças antes que causem prejuízos. Alguns aparelhos inclusive já fazem isso, celulares lançados nos últimos dois anos”, completa Marcos Henrique.