O Amazonas caiu da 9ª para a 14ª posição no ranking dos estados brasileiros com maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita de 2002 a 2020 e teve sua participação reduzida de 1,5% para 1,4% em relação ao PIB nacional em 2022
O Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas registrou crescimento de 3,27% em 2022, , superando a média nacional de 3,02%. Os dados são das Contas Regionais divulgadas nesta quinta-feira (14), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar de um ritmo mais lento em comparação a 2021 (5,56%), influenciado pela desaceleração da recuperação pós-pandemia, o estado demonstrou força econômica, com destaque para o setor de serviços, que representou 46% do PIB estadual, e para a indústria, que somou mais de R$ 49 bilhões, impulsionada pela Zona Franca de Manaus (ZFM).
No total, o PIB do Amazonas alcançou R$ 145,14 bilhões em 2022, conforme dados divulgados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti).
Os setores de serviços e indústria foram fundamentais para o desempenho econômico do estado. O setor de serviços gerou R$ 67,1 bilhões, com destaque para a administração pública, que corresponde a 36,8% da atividade setorial, e o comércio, que ocupa 19,72%.
Já o setor industrial somou R$ 49,01 bilhões, representando 33,77% do PIB. A indústria de transformação, liderada pela Zona Franca de Manaus, respondeu por 26,32% do PIB do estado, com uma produção de R$ 38,19 bilhões em 2022.
Agropecuária
Embora represente uma fatia menor, o setor agropecuário apresentou crescimento, atingindo R$ 5,69 bilhões. Esse avanço reflete o fortalecimento das atividades agrícolas no estado, impulsionado por um aumento de 5,51% no volume de produção.
No contexto da Região Norte, o Amazonas permanece como a segunda maior economia, ficando atrás do Pará, que apresentou um PIB de R$ 236,14 bilhões.
A Região Norte teve um crescimento de 1,88% em 2022, representando 5,7% do PIB nacional.
Comparativo nacional
O Amazonas manteve-se em 14º lugar no ranking nacional do PIB em 2022, enquanto São Paulo liderou com R$ 3,13 trilhões, seguido por Rio de Janeiro e Minas Gerais. Diversos estados, entretanto, enfrentaram retrações na economia, como Pará (-0,69%) e Espírito Santo (-1,7%).
Esse cenário reforça a importância de políticas regionais específicas para o desenvolvimento sustentável e a competitividade das economias locais.
A análise do PIB é baseada no Sistema de Contas Nacionais, seguindo diretrizes das Nações Unidas e implementado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados consolidados de 2022 refletem a complexidade das atividades econômicas em diferentes setores e suas influências no estado.
Para os próximos anos, são aguardadas estimativas preliminares que poderão sinalizar tendências de recuperação ou novos desafios para a economia amazonense.
PIB dos municípios
Em nota, o IBGE anunciou que vai atrasar a divulgação do PIB dos municípios de 2022.
Esse atraso ocorre porque o Instituto está mudando a base de cálculo de 2010 para 2021, uma atualização importante para refletir melhor a realidade econômica do Brasil.
Assim, o PIB de 2022 será divulgado apenas em 2025, junto com os dados de 2023 e uma série histórica desde 2002. Mais detalhes sobre o PIB podem ser acessados por meio do Portal do Planejamento: www.portaldoplanejamento.am.gov.br/pib-regional.