
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 4,6% em 2021, segundo divulgou nesta sexta-feira (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 8,7 trilhões. O resultado recupera as perdas da pandemia.
Com as restrições sanitárias, fechamento de empresas, do comércio e desemprego, as previsões não eram otimistas – expectativas em pesquisa da Reuters eram de alta de 1,1% na comparação sobre o ano anterior.
Mas apesar da recuperação e do resultado positivo, os especialistas avaliam que a atividade econômica perderá fôlego este ano, apesar do aparente controle da pandemia.
Fatos novos como a invasão da Ucrânia pela Rússia, a inflação e o aumento da taxa básica de juros, a Selic, podem contribuir para isso – em especial os ligados ao agronegócio.
Há bancos e consultorias que estimam recessão (em torno de -0,5%) para 2022 diante da desafiadora conjuntura macroeconômica. Por outro lado, há economistas que projetam ligeiro avanço, em torno de 0,2%, do PIB este ano.
Não custa nada lembrar que durante a pandemia, as previsões do Fundo Monetário Internacional, o FMI, era da queda do PIB brasileiro em 9,5%. E esse número ficou pela metade.
O Boletim Focus, que reúne às expectativas de mercado, projeta uma alta de 0,3%. A previsão é menor que a estimada pelo Banco Central, de 1%.