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Pioneirismo em bioimagem: Laboratório da UEA ganha prêmio internacional

O Centro Multiusuário para Análise de Fenômenos Biomédicos da Universidade do Estado do Amazonas (CMABio/UEA) conquistou o prêmio de melhor imagem em microscopia.

O concurso realizado, internacionalmente, em 2024, pela empresa Jeol – uma importante desenvolvedora de microscópios de super-resolução -, premiou a foto na categoria “Scanning Electron Microscopes (SEM)” – “Microscópios Eletrônicos de Varredura (MEV)” traduzido para o português -, que possibilita mais liberdade na coloração utilizando softwares e técnicas de pós-processamento.

Com o título “Infectious Look” (“Aparência infecciosa”, traduzido para português), a imagem produzida pelo tecnólogo em microscopia e bolsista do Fundo de Reserva Específico de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (FEPD&I) da UEA, Jander Matos, e por Joaquim Nascimento, doutorando em Biologia Evolutiva & Conservação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), apresenta detalhes dos olhos e da estrutura frontal do mosquito Aedes aegypti, espécie que transmite dengue, chikungunya, zika e a febre amarela urbana.

De acordo com Jander, o laboratório possui um acervo de fotos que detalham todos os momentos do ciclo de vida do mosquito. A maioria vem de protocolos otimizados para investigar estágios da larva ainda dentro dos ovos.

Pioneirismo em bioimagem

A conquista demonstra o investimento da universidade em pesquisa científica e ferramentas que possam proporcionar um estudo de melhor qualidade à comunidade acadêmica.

“⁠São passos importantes na visibilidade da UEA como pioneira em bioimagem na região Norte, pois conhecer a biodiversidade é um recurso chave para o desenvolvimento sustentável. Hoje, ela mantém uma estrutura de ponta que impulsiona tanto meu crescimento profissional quanto o crescimento do estado do Amazonas. Graduei na instituição e agradeço por ter proporcionado minha formação como especialista em microscopia e bioimagem. Estou entusiasmado por continuar desenvolvendo a área na região”, finalizou o tecnólogo.

Desde 2019, a universidade coleciona quatro prêmios em competições com fotos do Aedes aegypti, sendo dois deles no concurso da Jeol, um na Sociedade Brasileira de Microscopia e Microanálise (SBMM) e o último no Prêmio de Fotografia – Ciência&Arte, organizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Sobre o trabalho no CMABio

Além do desenvolvimento de estudo com o mosquito, o laboratório realiza registro de imagens de células infectadas com malária, amostras de pacientes acometidos por doenças tropicais, fungos e espécies em geral do bioma amazônico.

Para o tecnólogo em microscopia Jander Matos, é de suma importância todo o investimento da UEA, instituições de fomento e pesquisadores no CMABio. Ele explica que, atualmente, o centro, além de atender demandas em bioimagem, expandiu a capacidade analítica para caracterização química de ativos amazônicos na área da bioprospecção. Cada vez mais moléculas poderão ser descobertas e testadas numa escala cada vez maior.

“Acredito que este seja um retorno bem relevante para a universidade, instituições parceiras, programas de pós-graduação e pesquisa acadêmica no geral. Por outro lado, proporciona, também, desenvolvimento tecnológico e econômico para a sociedade em todos os níveis”, afirmou Jander.

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