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PL dos Cassinos pode ser prioridade do Senado após recesso

Travado no Senado há pelo menos um ano e meio, o projeto que libera os cassinos e bingos no Brasil começou a ganhar coro dos senadores, e o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) já deve adiantar a votação como uma das prioridades no segundo semestre. O texto já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e os parlamentares trabalham para negociar a formação de maioria para a aprovação do texto. 

O relator do projeto, senador Irajá (PSD-TO), afirmou estar confiante na aprovação do texto no plenário do Senado e minimizou as resistências. Na avaliação do parlamentar, a medida vai movimentar o emprego e deve alavancar o turismo no Brasil. 

“Essa matéria fará bem ao país. Serão investimentos da ordem de R$ 100 bilhões e novos projetos em um prazo médio de cinco anos, além da geração de mais de 1 milhão de novos empregos diretos e indiretos. Os países que já aprovaram a medida mostraram que o turismo cresceu muito. Enquanto isso, o Brasil fica assistindo aos outros países e fica de fora do circuito do turismo mundial”, afirmou. 

“Estou muito confiante na aprovação no plenário. Temos o convencimento majoritário das senadoras e senadores para aprovar a matéria. O texto está parado há um ano e meio e tivemos a oportunidade de fazer um amplo debate, já exaurindo essa discussão. A matéria está pronta para poder ser apreciada, com todo respeito aos colegas que possuem alguma oposição divergente, mas aí já é uma questão ideológica, uma questão religiosa”, concluiu. 

O texto foi aprovado pela CCJ no dia 19 de junho, por 14 votos a 12. O placar apertado reflete a parcela resistente ao projeto, principalmente a bancada evangélica. 

Um dos líderes da bancada evangélica no Congresso Nacional, o senador Eduardo Girão (Novo-CE), vê o projeto de forma negativa e afirma haver um “lobby poderoso” para que o projeto saia da gaveta. Ele avalia que o texto poderá aumentar a ludopatia e, por consequência, a criminalidade no país. 

“É um projeto muito ruim. Ele provoca o aumento da lavagem de dinheiro e dos crimes cometidos por pessoas envolvidas em jogos de azar. É um projeto que vai endividar os mais pobres. Na época dos bingos, os aposentados mais pobres ficaram sem um tostão”, afirmou Girão.

“Ele também provoca a ludopatia. A própria OMS [Organização Mundial da Saúde] considerou a ludopatia uma doença. E muitos vão acabar indo para a criminalidade para sustentar esse vício”.

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