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PMs são presos em operação contra milícias no RJ

Três Policiais militares são alvos. Os agentes cumprem 16 mandados de prisão e 51 de busca e apreensão.

O capitão da PM Leonardo Magalhães Gomes da Silva é o principal alvo da operação – está foragido

 Polícia Civil e o Ministério Público do Estado fazem uma megaoperação, intitulada Porto Firme, na manhã desta quinta-feira, dia 9, para desarticular uma narcomilícia que atua em bairros da Zona Oeste do Rio. Os principais redutos do grupo são os bairros de Jacarepaguá, Vargem Grande e Vargem Pequena. A quadrilha é acusada de praticar crimes como extorsão, ameaças e homicídios. Ao todo são 16 mandados de prisão e 51 de buscas e apreensões. Três policiais militares estão entre os alvos da ação. Até o momento cinco pessoas já foram presas.

Um dos detidos é o cabo Fernando Mendes Alves, policial que faz parte do Centro Presente. Ele foi preso nesta manhã enquanto trabalhava. Conhecido como Biro, ele é o segundo na hierarquia da quadrilha. Ana Lúcia da Silva Alves, mãe de Gabriel da Silva Alves, o Biel, que é considerado o número três na hierarquia da milícia, foi presa em casa, em Vargem Grande. Gabriel está foragido.

O cabo Fernando Mendes Alves, que trabalha no Centro Presente, foi preso na operação

O principal alvo da operação é o capitão da Polícia Militar Leonardo Magalhães Gomes da Silva, também conhecido como Capitão, que atualmente está lotado na Diretoria Geral de Pessoal, chamada de geladeira da PM. Nesta manhã, a polícia e o MPRJ estiveram no Condomínio Bosque da Paz, em Vargem Grande, atrás de Magalhães. No local, os investigadores encontraram a residência vazia. Ele é considerado foragido e estaria em Búzios, na Região dos Lagos.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), Magalhães é acusado de tráfico de drogas, extorsão, agiotagem, corrupção, além de grilarem de terra, mesmo estando na PM. A Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e a Corregedoria da Polícia Militar apoiam a ação, que conta com 200 policiais.

” Lamentamos que esses (policiais) estejam envolvidos nesse tipo de criminalidade. Hoje é mais uma ação de combate às organizações criminosas”, disse o delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP).

A investigação, que culminou na operação desta quinta, começou em dezembro de 2018, após o desmembramento da apuração do assassinato do também miliciano Marcus Vinícius Calixto. Os policiais descobriram que a quadrilha traficava drogas e armas e atuava como uma milícia armada em diversos bairros da Zona Oeste. A apuração chegou também a um oficial da PM, apontado como chefe do tráfico de drogas e da milícia que atua em diversos pontos de Jacarepaguá.

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