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PMs presos por extorsão, roubo e cárcere privado no Amazonas

“Operação Espólio” do Ministério Público do Estado prente policiais militares e faz busca e apreensão expedidos pela Auditoria da Justiça Militar

 Operação Espólio, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), Polícia Civil e o Ministério Público do Amazonas (MP-AM)

Cinco policiais militares foram presos na manhã desta sexta-feira (29), suspeitos de integrarem uma organização criminosa que extorquia, roubava e ameaçava empresários e comerciantes em Manaus. Os presos são um oficial e quatro praças. 

As prisões ocorreram durante a “Operação Espólio”, em operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, que cumpre mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão expedidos pela Auditoria da Justiça Militar – instituição responsável por investigar militares.

Os suspeitos são acusados de cometer extorsão qualificada, roubo, cárcere privado, violação de domicílio e organização criminosa.

Os crimes foram descobertos após as vítimas procurarem o Gaeco para denunciar os PMS. Segundo o promotor Iranilson de Araújo Ribeiro, os alvos dos suspeitos costumavam ser pessoas que já tinham algum histórico criminal.

“O modus operandi consistia até o momento na consulta do histórico criminal da vítima, algum histórico policial, algum problema com a Justiça. A partir daí, havia aquela abordagem inicial para sondar a situação patrimonial da vítima, para tentar extorqui-la”, explica.

Uma vez feito esse levantamento, os PMs começavam a intimidar os alvos, ameaçando forjar algo que os levassem para a prisão. Com medo, as vítimas acabavam entregando grandes quantias ao grupo. 

Diante das denúncias, as investigações tiveram início e culminaram com as prisões preventivas de cinco agentes, todos eles são de delegacias de Manaus. 

Eles devem ficar presos no Batalhão da PM e vão responder por crimes como extorsão qualificada, roubo, cárcere privado, violação de domicílio e organização criminosa.

“Agora é terminar as investigações e posteriormente ajuizar para que a gente veja tudo em juízo, eles se defendam e no final seja apurado a verdade e feito a justiça. Em seguida vamos deliberar sobre a confirmação dos indícios e autoria para tomar demais providências”, disse o promotor.

Os agentes do Gaeco, com apoio da PM estiveram em endereços de policiais militares. O MPE realiza uma coletiva de imprensa, na sede do órgão, na Avenida Coronel Teixeira, na Ponta Negra, para informar sobre o andamento da operação.

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