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Vídeos:polícia acaba com festa em iate de luxo no Amazonas

Três barcos navegavem pelo rio, no maior deles tinham 60 passageiros entre brasileiros e estrangeiros na festa “Imersão na Amazônia”

Um cruzeiro há mais de cinco dias pelos rios Amazonas e Negro foi encerrado na noite desta terça-feira (6) pela Polícia Civil do estado do Amazonas, nas proximidades de Manaus. Cerca de 60 pessoas foram detidas por provocar aglomeração e descumprir o decreto governamental com medidas restritivas contra a Covid-19.

Os três iates foram interceptados no início desta noite. Em uma deles, o Ana Beatriz 1, a festa rolava há mais de cinco dias com a participação de turistas brasileiros e estrangeiros embalados por muita música e bebida.

Tripulantes e passageiros descumpriam as medidas de prevenção à Covid-19 – não usavam máscara, descumpriam o distanciamento social e promoviam aglomerações. Todos foram levados para a delegacia.

“Boa parte deles é estrangeira, e vieram provavelmente para conhecer a Amazônia, mas em um contexto muito triste. Nós estamos batalhando, vidas estão sendo perdidas, a polícia está na rua para coibir esse tipo de coisa para que a gente passe rapidamente pela pandemia. Mas, infelizmente, algumas pessoas insistem em desobedecer”, disse o diretor do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), Bruno Fraga.

Segundo ele, todos os participantes serão ouvidos. “Flagramos diversas pessoas realizando uma festa, a grande maioria sem máscaras, consumindo bebidas e desrespeitando o decreto estadual. Vão ser conduzidos à delegacia, vai ser feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), todas as pessoas que estavam praticando essa aglomeração vão ser levadas para a delegacia, vão ser ouvidas e todos vão ser responsabilizados”, explicou.

As outras duas embarcações, Mano Zeca e Hélio Gabriel, acompanhavam o barco onde era realizado o evento, mas sem a presença de passageiros. De acordo com o convite da festa, denominada “Imersão na Amazônia”, o roteiro previa visita a comunidades tradicionais ribeirinhas e indígenas.

“Nós constatamos estrangeiros das mais diversas nacionalidades, brasileiros também, pessoas de diversos cantos do país, de alto poder aquisitivo, com acesso à informação. Eles estão desde o dia 2 de abril navegando, passaram por comunidades indígenas. Nós vemos muitos estrangeiros falando sobre a nova cepa aqui no Amazonas, está todo mundo criticando, quando na verdade nós sabemos da fragilidade dos nossos índios em contato com pessoas de fora, principalmente em uma situação dessas”, destacou o delegado Juan Valério, coordenador do Grupo Fera.

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