Investigações ainda não achoram provas de envolvimento de Alejandro

Um mês depois do assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues, ocorrido em condições misteriosas na noite do dia 29 de setembro, em um condomínio de luxo no bairro Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus, a polícia ainda vai precisar de mais dez dias para concluir as investigações e encaminhar o inquérito para a Justiça. Até esta segunda-feira (28), ninguém tinha sido indiciado pelo homicídio de Flávio, mas há seis pessoas presas temporariamente como suspeitas de envolvimento no crime.
Nesta terça-feira, dia 29, completa exatamente um mês do crime ter sido cometido dentro de uma casa em um condomínio de luxo, no bairro Tarumã, Zona Oeste.
O delegado Paulo Martins, titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Sequestros (DEHS) que coordena as investigações, não fala, mas os advogados que atuam no caso acreditam nessa possibilidade.
O advogado Yuri Dantas, que atua na defesa de Alejandro Valeiko, afirma que até agora não foi encontrada prova alguma que incrimine seu cliente.
Os demais advogados do caso afirmam que já tiveram acesso a laudo e estes apontam que peritos não encontraram poças de sangue o que aponta que o engenheiro não foi morto na casa no condomínio no bairro Tarumã. “Não tem como uma pessoa ser morta com cinco ou seis golpes de faca e não ter poça de sangue nesse local. Foi o que apontou os exames feitos, inclusive até com luminol na casa”, cita um advogado.
Ainda seguindo esta tese de que o engenheiro não foi morto dentro da casa, os advogados afirmam que os depoimentos dos envolvidos corroboram com isso ao afirmarem que foi um “homem mascarado” quem agrediu a coronhadas Alejandro e Flávio.
Em depoimento, o lutador de MMA, Mayc Vinícius Parede confessou que o tal “homem mascarado” era ele. E mais: Mayc assumiu ter assassinado o engenheiro sozinho, depois de tirá-lo de dentro da casa e levá-lo a um lugar a esmo, também, na área do Tarumã. “Por tanto, tá provado que o crime ocorreu em outro local, fora da casa”, completa.
“Ou seja, o caso já está concluído e não encontraram provas do envolvimento do Alejandro”, afirmou o advogado Yuri Dantas, que está pedindo a Justiça a liberação de Alejandro que está preso no 19º DIP.
Investigados:
Os suspeitos de participação no assassinato de Flávio, Elielton Magno de Menezes Gomes Júnior, 22, José Edvandro Martins de Souza Júnior, 31, o cozinheiro Vitório Dell Gato, o sargento da Polícia Militar (PM) Elizeu da Paz de Souza, 37, e o ex-PM Mayc Vinícius Teixeira Parede, 37, e Alejandro Molina Valeiko seguem presos por envolvimento no caso.
A prisão temporária de 30 dias deverá terminar no dia 4 de novembro. Na segunda-feira (28), o delegado da DEHS, Paulo Martins, disse que ainda não é possível afirmar se será pedida a prorrogação de algumas delas ou quantas serão transformadas em prisões preventivas.