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Polícia Federal faz operação contra garimpo na Amazônia

A Operação Minamata tem objetivo de reprimir a prática de garimpo ilegal no Rio Boia e em seus afluentes, na região do município de Jutaí, distante 749 Km de Manaus.

A Polícia Federal informou na manhã desta segunda-feira que concluiu no domingo uma operação de três dias contra o garimpo ilegal na Amazônia e apontou um sistema de monitoramento por satélite que contratou como “fundamental” para realizar a operação, apesar de o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) afirmar que oferece o mesmo serviço.

As investigações foram realizadas com o auxílio de um sistema de monitoramento remoto contratado pela Polícia Federal, que possibilita o acesso a imagens e alertas diários de detecção de mudanças ambientais com acompanhamento por satélite, o que permitiu a rápida localização do garimpo ilegal.

Nas ações, foram desativadas quatro dragas e três balsas, onde havia cerca de 50 mil litros de diesel e de gasolina e que, segundo a PF, eram utilizadas como centro logístico para a distribuição de combustível. Também foram apreendidos objetos e documentos que serão analisados pela PF na apuração das responsabilidades pelos crimes ambientais, especialmente decorrentes das atividades de garimpo ilegal.

Além disso, foram coletadas amostras de água e de material biológico humano, que permitirão mensurar a contaminação nos recursos ambientais e nos habitantes da região, ainda conforme a PF.

“As investigações da PF apontam fortes indícios no sentido de que a bacia hidrográfica e a fauna da região foram atingidas por mercúrio, metal líquido utilizado no processo da extração do ouro.” O mercúrio é profundamente danoso à saúde humana e a sua ingestão pode levar à morte.

Segundo comunicado da PF, a operação contra o garimpo no rio Boia e afluentes, no município de Jutaí (AM), contou com a participação de 32 policiais federais e durou três dias.

Foram desativadas quatro dragas e três balsas, onde havia cerca de 50 mil litros de diesel e de gasolina e que eram utilizadas como centro logístico para a distribuição de combustível. Além disso, foram apreendidos documentos e objetos que serão usados pela PF na apuração.

“A operação Minamata está no contexto de um esforço integrado de várias instituições para o planejamento e execução de trabalhos investigativos e ostensivos policiais voltados à proteção e preservação da Amazônia e dos demais biomas, bem como das Terras Indígenas”, afirmou.

A PF contratou o serviço de monitoramento via satélite sob argumento da necessidade de monitorar queimadas e desmatamento na Amazônia. O Inpe monitora queimadas e desmatamentos na floresta e tem um serviço de alertas de desmatamento em tempo real, chamado Deter.

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