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Polícia prende 36, apreende armas e fecha serrarias por desmatamento e venda ilegal de madeira

Prejuízo ao crime: até o momento é de R$ 3 milhões

As Polícias Civil e Militar do Amazonas realizaram uma grande operação nas primeiras horas da manhã, desta terça-feira (2), em Manacapuru, na Região Metropolitana de Manaus, que prendeu empresários, apreendeu R$ 200 mil em dinheiro e armas, de um esquema criminosos que atuava no desmatamento e comércio ilegal de madeira.

A operação, denominada “Flora Amazônica”, cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão. Cerca de mil metros cúbicos de madeira foram recuperados e ficarão a disposição da Justiça – avalida em proximadamente R$ 1.600.000,00.

Os policiais apreenderam ainda cinco armas em poder de 28 pessoas, que foram presas. Diversas madeireiras foram lacradas e oito serralherias fechadas.

Operação Flora culmina com o cumprimento de 80 mandados, prisão e busca e apreensão

O esquema funcionava com a compra e venda de 10% de madeira legal, que era misturada a outros 90% de material ilegal para enganar a fiscalização. O produto era vendido em Manaus e Manacapuru. De janeiro a maio deste ano, 317 caminhões com esse tipo de carga foram apreendidos na região.

A operação é uma investigações do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), da Polícia Civil, que vem sendo feita há cerca de quatro meses.

Coordenada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), a operação teve a participação do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema).

O secretário de Segurança Pública, Louismar Bonates, a delegada-geral da Polícia Civil, Emília Ferraz, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ayrton Norte, acompanharam a operação em Manacapuru.

Interceptações telefônicas ajudaram a revelar a cadeia de atuação do grupo criminoso, formado por empresários moveleiros, serralheiros, extratores ilegais, motoristas e agentes públicos, que recebiam propina para liberar as cargas ilegais. O DRCO acompanhou, em sigilo, a apreensão de madeira transportadas pela quadrilha, o que deu maior robustez ao conjunto de provas.

Há mandados de prisão temporária para 38 suspeitos. Segundo a Polícia Civil, em dez meses, os membros da organização criminosa extraíram algo em torno de 9 mil árvores centenárias de regiões de mata nativa de Manacapuru.

Espécies como castanheira, cupiúba, seringueira, angelim, sumaúma, cedro e muiratingas, eram extraídas e comercializadas ilegalmente nas duas cidades.

O esquema criminoso envolve 12 serralherias de Manaus e Manacapuru, que misturavam a madeira ilegal com peças devidamente regularizadas como forma de burlar a fiscalização de órgãos ambientais.

De acordo com a investigação, 95% da madeira vendida pelos empresários desse esquema era de origem criminosa. O material abastecia o comércio das duas cidades, e a liderança era exercida por um núcleo empresarial, que fomentava a prática dos crimes ambientais e planejava represálias a delegados.

Apreensão:
• 05 armas (espingardas) de fogo;
• Munições de diversos calibres;
• 04 Moto – serras – R$ 8.000,00
• 16 Caminhões – R$ 1.280.000,00
• Dinheiro em espécie R$ 200.000,00
• Milhares de metros cúbicos de madeira – aproximadamente – R$ 1.600.000,00

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