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Políticos e empresários do AM rebatem dados contra a Zona Franca apresentados por ministro Guedes

As entidades empresariais da indústria, comércio e agricultura publicaram neste 1° de Maio uma nota intitulada “A bem da verdade”, confira.

Depois da vitória dada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em favor dos interesses da Zona Franca de Manaus (ZFM) e do povo do Amazonas, concedendo crédito do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) às empresas que adquirem insumos do Polo Industrial de Manaus, o prefeito Arthur Virgílio Neto disse, em novo artigo publicado nas redes sociais, que a decisão é para ser acatada e não discutida.

“O contrário disso é tentar vulgarizar a mais alta Corte judicial do país. E nenhum democrata deve cair nessa tentação”, defendeu o prefeito, fazendo menção às últimas declarações dadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, contestando a Suprema Corte e sugerindo que a medida dificulta a solução para o problema fiscal do país.

O prefeito rebateu os dados apresentados pelo economista Paulo Guedes, que disse à imprensa que as vantagens fiscais dadas às empresas que compram matéria-prima na Zona Franca de Manaus devem acarretar um prejuízo de R$ 20 ou R$ 30 bilhões nas contas públicas.

Para Arthur Neto, a volatilidade dos números apresentados pelo ministro da Economia e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional “é como a distância do céu para a lua”, comparou. Ele também alertou para o erro de interpretação da Fazenda Nacional quanto ao falso acréscimo de renúncia fiscal por ela assumido.

“Nada de R$ 16,6 bilhões. Rigorosamente, não! Vamos à verdade: o acréscimo de renúncia resultante da decisão do STF será de apenas R$ 2,1 bilhões. Entre dez ou 15 vezes menor que a estimativa do ministro e mais de oito vezes menor que os números quebrados da Fazenda Nacional”, contrapôs o prefeito de Manaus.

Ainda na publicação postada na quarta-feira, 1º de maio, Arthur Virgílio Neto afirmou que os ajustes fiscais necessários ao desenvolvimento do Brasil exigem um leque de reformas estruturais e microeconômicas, medidas verdadeiramente capazes de fechar o rombo, que vem desde Michel Temer e com Dilma era ainda maior, de R$ 139 bilhões.

Por fim, o prefeito chamou atenção do ministro Paulo Guedes para o fato de que não será o maniqueísmo o caminho que conduzirá o Brasil à saúde fiscal e que, se derrotada, a ZFM entraria em séria decadência. “Com a vitória nascida da visão aguda e correta de Brasil, demonstrada pelo Supremo, a Zona Franca de Manaus conquistará um forte polo de bens intermediários. Gerador de emprego e renda. Eis aí a verdade cristalina e irrespondível!”, finalizou.

Empresas

As entidades empresariais da indústria, comércio e agricultura publicaram neste 1° de Maio uma nota intitulada “A bem da verdade” em que rebatem as críticas à decisão Supremo Tribunal Federal (STF) que favoreceu a Zona Franca de Manaus, na semana passada. O documento diz que afirmações do ministro da Economia, Paulo Guedes, e de “formadores de opinião” da imprensa brasileira “falseiam a verdade”.

Na segunda-feira, Paulo Guedes criticou a decisão do STF e disse que ela geraria “um buraco adicional de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões” no Orçamento da União.

De acordo com a nota assinada por presidentes de cinco entidades empresariais, “são afirmações que falseiam a verdade, sobrestimando perdas, com o único intuito de confundir e ludibriar a opinião pública”.

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