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Polo Industrial de Manaus se prepara para seca deste ano, que pode começar em agosto

Em 2023, a estiagem começou em outubro. Em 2024, ocorreu já em setembro. Se essa tendência continuar, podemos esperar que, em 2025, a seca comece em agosto

O ano está começando, mas os amazonenses já estão de olho na estiagem de 2025. A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e representantes do porto Chibatão estiveram runidos, nesta quinta-feira (23) para discutir estratégias para enfrentar a estiagem deste ano no Amazonas. O encontro é um primeiro passo para implementação da logística que deu certo em 2024 e evitou perdas para a economia do estado, que tem como carro-chefe o Polo Industrial de Manaus (PIM).

Na reunião representantes do órgão e empresários discutiuram e compartilhar informações para elaborar um plano estratégico com ações táticas e operacionais.

A seca de 2023 trouxe prejuízos socioeconômicos significativos, incluindo a paralisação de fábricas do PIM por até 45 dias. Mas com a experiência ruim deste ano, foram implementadas ações preventivas em 2024, como a antecipação da compra de insumos e a instalação de um porto flutuante em Itacoatiara, evitaram interrupções na circulação de cargas e garantiram um desempenho histórico do PIM, que deve fechar o ano com faturamento recorde acima de R$ 200 bilhões.

O analista do grupo Chibatão, Marcelo Tavares, esta preocupado com a antecipação em que vem ocorrendo os períodos de seca nos rios do Amazonas.

“Em 2023, a estiagem começou em outubro. Em 2024, ocorreu já em setembro. Se essa tendência continuar, podemos esperar que, em 2025, a seca comece em agosto. Por isso, é essencial que nos antecipemos e elaboremos um plano estratégico com todos os cenários externos possíveis, para que internamente possamos fazer o desdobramento e planejamento das ações a nível tático e operacional”, afirmou.

Para a Suframa, a estratégia bem-sucedida de 2024, que incluiu um comitê interinstitucional de enfrentamento com participação de órgãos estaduais, federais e da iniciativa privada, deve ser mantida e aprimorada. O superintendente-adjunto Executivo da Suframa ressaltou o papel da Autarquia para a implementação de medidas preventivas.

“A Suframa poderá atuar em dois eixos principais: em articulação de ações com os demais órgãos federais, e recebendo informações diretamente com a indústria local. Durante as visitas que realizamos às fábricas, percebemos que já há a formação de uma cultura cada vez mais proativa, com a antecipação da compra de insumos para evitar desabastecimento e interrupções de produção, como as que ocorreram em 2023. O trabalho colaborativo é uma das lições aprendidas que deve ser repetido para mitigar os impactos econômicos e garantir a continuidade das operações logísticas e industriais no estado do Amazonas”, frisou Aguiar.

Pela Suframa, participaram o superintendente-adjunto Executivo, Frederico Aguiar, o coordenador-geral de Assuntos Estratégicos, substituto, Patry Boscá, e outros técnicos da Autarquia. Representando o Grupo Chibatão, estiveram presentes os analistas de qualidade Marcelo Tavares, Ana Costa, Vitório Gonçalves e Winnícius de Souza, responsáveis pelos pela elaboração do cenário externo do Planejamento Estratégico do grupo.

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