Um gol chorado para fazer chorar uma torcida inteira. Os segundos que o chute de Toró levou para cruzar a linha pareciam uma eternidade. Uma eternidade de 125 anos. Era como se o tempo tivesse parado ali para o torcedor da Ponte Preta — que, se pudesse, passaria o resto da vida naquele instante: o momento do gol que abriu o caminho para o primeiro título nacional da história alvinegra. Minutos depois, o capitão Elvis converteu o pênalti que libertou a Macaca de uma espera secular. A Ponte venceu o Londrina por 2 a 0 e, enfim, pode gritar: é campeã nacional.
Jogando diante do seu torcedor, a Ponte Preta começou melhor o jogo e chegou com perigo duas vezes, em cobranças de escanteio. O Londrina respondeu logo em seguida e foi melhor no restante do primeiro tempo, com mais oportunidades criadas. No entanto, o zero permaneceu no placar. No início da etapa complementar, aos três minutos, Toró abriu o placar para a Ponte Preta. O atacante recebeu na entrada da área e contou com desvio na defesa, além de falha do goleiro Luiz Daniel, para balançar as redes. Élvis, cobrando pênalti, ampliou a vantagem para os mandantes aos 27 minutos.
O Moisés Lucarelli viveu um dos dias mais marcantes de sua história. Foram 13.239 pagantes, 1.384 não pagantes e um público total de 14.623 torcedores, que acompanharam o jogo que encerrou um jejum de 125 anos sem títulos nacionais. Ao apito final, os torcedores da Ponte Preta invadiram o gramado do Moisés Lucarelli e iniciaram uma grande invasão na celebração com todo o elenco.
A partida também teve momentos tensos. Após o segundo gol da Ponte Preta, uma confusão se formou próximo ao banco de reservas do Londrina. Jogadores do time paranaense reclamaram da comemoração efusiva dos adversários em direção ao técnico Roger, ex-jogador da Macaca. O treinador acabou sendo expulso, assim como Vanderley, do Londrina. No lado pontepretano, Kevyn também recebeu cartão vermelho.
