Ele é presidente da frente integralista brasileira, tem mais 15 registros na polícia
O economista e empresário Eduardo Fauzi Richard Cerquise é um dos suspeitos de comandar o ataque à produtora de vídeos Porta dos Fundos, ocorrido na madrugada do último dia 24. O crime aconteceu na sede da produtora, no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Autoridades procuram o empresário que tem mandado de prisão e é considerado foragido da justiça.
Eduardo, de 41 anos, também é investigado devido à atuação em uma milícia na cobrança de estacionamentos rotativos no Centro do Rio de Janeiro, com apuração em curso.
O empresário, presidente da Associação dos Guardadores Autônomos de Veículos São Miguel, tem mais de 15 anotações criminais, incluindo ocorrências de ameaça, lesão corporal, desacato, extorsão e Lei Maria da Penha.
A Polícia Civil informou que ele exercia ilegalmente a atividade econômica em um estacionamento na região Central do Rio, sem alvará de funcionamento.
Ainda segundo investigações, Eduardo Fauzi Richard Cerquis é filiado ao PSL desde 3 de outubro de 2001. A informação consta dos registros do TSE.
VÍDEO: Suspeito por ataque ao Porta dos Fundos já foi detido por agressão. Ele já deu soco em um secretário municipal do RJ
Eduardo Fauzi, identificado pela Polícia Civil do Rio como suspeito pelo atentado ao Porta dos Fundos, ficou famoso em 2013, por agredir diante das câmeras Alex Costa, então secretário de Ordem Pública, durante uma desapropriação dos terrenos na Zona Portuária pela Prefeitura do Rio.
Pela agressão, chegou a ser detido duas vezes, mas solto ainda em 2013.
Em fevereiro passado, a Justiça o condenou a quatro anos de prisão por coação no curso do processo. Segundo a decisão de Guilherme Schilling Pollo Duarte, juiz da 32ª Vara Criminal, a coação foi caracterizada quando Fauzi declarou: “seu verme, se você não der um jeito de acabar com todos esses processos que estão na polícia, eu vou te dar porrada até você não aguentar mais”.
O magistrado permitiu ao condenado responder ao processo em liberdade até o trânsito em julgado. Em depoimento à Justiça, Fauzi confirmou que desferiu um tapa no rosto do então secretário, sob a alegação de ter sido xingado e recebido provocações por parte de Costa.
Em perfil no Facebook, apagado no começo desta semana, Fauzi se dizia “militante integralista já há uns 20 anos… talvez mais”. Seguia ao menos uma dúzia de páginas sobre integralismo, e compartilhou um manifesto “de desobediência civil à iníqua criminalização da ‘homofobia’”.