A expectativa para 2025 é de redução desses custos, devido ao maior nível dos rios e aumento da concorrência entre empresas de navegação.

Após dois anos de secas severas que afetaram o transporte de cargas no Amazonas, empresas de logística e indústrias da região estão se antecipando para evitar prejuízos em 2025.
O grupo Chibatão, que opera um dos maiores terminais de Manaus, avalia repetir a estratégia de 2024 e montar novamente um píer flutuante em Itacoatiara (AM), cidade estratégica no trecho mais crítico do rio Amazonas.
A estrutura temporária, que permitiu a transferência de cargas de navios maiores para balsas em águas rasas, impediu que o Polo Industrial de Manaus paralisasse, como ocorreu em 2023.
A empresa já busca licenças e prepara a instalação de alojamentos para os funcionários.
A Super Terminais, que também montou um terminal provisório em Itacoatiara no ano passado, afirma estar pronta para reativá-lo em até dez dias, caso necessário.
Além das estruturas de apoio, as indústrias locais estão antecipando seus pedidos e embarques. A corrida para fugir das sobretaxas aplicadas durante o período de seca já começou em julho.
Empresas que trabalham com produtos de maior valor agregado conseguem armazenar com mais facilidade, o que facilita esse planejamento.
Toda essa preparação se intensificou após as perdas bilionárias com logística em 2023 e 2024. Apenas com sobretaxas, a indústria desembolsou R$ 1,5 bilhão em 2023 e R$ 1,4 bilhão em 2024.