O governo português acendeu o sinal de alerta diante da possibilidade de violência em protestos contra o presidente Lula e acionou todas as forças de segurança para que haja um reforço no número de policiais que vão trabalhar durante a passagem do líder brasileiro por Portugal. Ele ficará no país europeu até o dia 25.
O petista foi recebido na manhã deste sábado (22) pelo presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza, com honras de chefe de Estado. Sob um sol escaldante, o líder brasileiro passou a tropa em revista, em frente ao Mosteiro dos Jerônimos, que foi fechado à visitação pública.
Um grupo de apoiadores de Lula se aglomerou na Praça do Império e foi cumprimentado por Lula, apesar do aparato policial cercando o local.
O forte esquema de segurança montado para o evento. Pelo menos duzentos policiais foram destacados para a operação. O temor era de tumulto, diante das convocações feitas pelo deputado André Ventura, do Chega, partido de extrema-direita que, sistematicamente, tem atacado o petista.
O líder da legenda, André Ventura, prometeu reunir brasileiros e portugueses contra Lula e contra o Partido Socialista, que comanda Portugal desde 2012.
Depois das declarações de Lula sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, acusando os dois países de serem responsáveis pelo conflito e criticando os Estados Unidos e a União Europeia por estimularem o prolongamento da disputa em vez de trabalharem em um plano de paz, a temperatura aumentou de vez. Cidadãos ucranianos protestaram na frente da embaixada brasileira em Lisboa e podem se juntar às manifestações.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) e a Guarda Nacional Republicana (GNR) estão preparadas para evitar pancadaria. E uma das alternativas será separar os grupos durante as manifestações, cada um ocupando um espaço diferente da capital portuguesa. Para o governo, todos têm o direito de protestar, mas que tudo seja feito dentro da civilidade, sem agressões verbais e físicas.


