
O presidente Jair Bolsonaro liberou a entrada no Brasil do ditador venezuelano Nicolás Maduro para participar da posse do amigo de Lula no próximo dia 1º de janeiro, em Brasília.
Durante a última campanha eleitoral, o Superior Tribunal Eleitoral (TSE) proibiu a informação e veiculação sobre a relação do candidato do PT com outros ditadores como Chaves (Venezuela), Fidel Castro (Cuba) e Daniel Ortega (Nicarágua), que ainda não confirmou presença no evento.
As tentativas de Lula para trazer o amigo não haviam dado certo até ontem (28). Lula chegou até a pensar em assinar uma portaria relâmpago nas primeiras horas do dia 1º de janeiro para autorizar a entrada de Maduro para que ele pudesse participar da posse, mas o plano não foi para frente. Por isso, o ditador chegou a ser informado pelo PT que não poderia entrar no país.
Desde 2019, há uma portaria assinada por Jair Bolsonaro que impede a entrada de autoridades de alto escalão do governo da Venezuela no Brasil, que não reconhece o governo do ditador.
Mas apelos de lulopetistas integrantes do próximo governo levaram Bolsonaro a autorizar uma outra portaria interministerial, publicada nesta sexta-feira (30) no Diário Oficial da União, que revogou a portaria de 2019.
O documento de 2019 estabelecia o “regramento para efetivação de impedimento de ingresso no país de altos funcionários do regime venezuelano, que, por seus atos, contrariam princípios e objetivos da Constituição Federal, atentando contra a democracia, a dignidade da pessoa humana e a prevalência dos direitos humanos”.
A revogação da proibição de entrada do ditador foi assinada por Antonio Ramirez Lorenzo, ministro substituto da Justiça e Segurança Pública, e Carlos Alberto Franco França, atual ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro.