
Bill de Blasio, o prefeito de Nova York, do Partido Democrata, publicou há pouco no Twitter uma mensagem comemorando a desistência de Jair Bolsonaro de viajar à cidade para receber uma homenagem, a mesma que teve de mudar duas vezes de lugar e teve até o patrocínio de marcas retirado, em protesto.
Bolsonaro iria a Nova York para receber a homenagem da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. De Blasio, da esquerda do Partido Democrata, sempre se opôs à homenagem.
Escreveu o prefeito de Nova York no Twitter:
“Jair Bolsonaro aprendeu que os novaiorquinos não fecham os olhos para a opressão. Nós fizemos um alerta para o fanatismo dele. Ele fugiu. Sem supresas — covardes não costumam aguentar um soco. Já vai tarde, @jairbolsonaro. Seu ódio não é bem-vindo aqui”.

Cancelamento
Presidente desistiu de ir a Nova York, onde seria homenageado
O Palácio do Planalto informou no início da noite desta sexta-feira (3) que o presidente Jair Bolsonaro desistiu da viagem à Nova York, onde seria homenageado no próximo dia 14 de maio pela Câmara Brasil-Estados Unidos.
“Em face da resistência e dos ataques deliberados do prefeito de Nova York e da pressão de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações o evento anualmente, ficou caracterizada a ideologização da atividade”, informou o texto divulgado pelo gabinete do porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros.
Em nota se refere que o cancelamento da viagem ocorreu após a premiação ter gerado protestos de diversos grupos nos EUA, principalmente inflamados pelo prefeito de Nova York, o democrata Bill de Blasio, que chegou a chamar o presidente brasileiro de um “ser humano perigoso”.
Desde o anúncio da homenagem a Bolsonaro como “Personalidade do Ano”, e a sua presença na cidade, que começaram os protestos, inclusive com um abaixo-assinado de 58 mil assinaturas, sob a alegação de que Bolsonaro é uma ameaça ao meio ambiente, aos direitos LGBTI e às minorias.
O local da premiação chegou a ser mudado do museu da cidade para o hotel Marriott Marquis, onde ativistas estão, desde a última terça-feira (30), protestando diariamente.