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Sede do Iphan é reinaugurada no Centro Histórico de Manaus e nova superintendente é empossada

Foi reinaugurado nesta segunda-feira (7), um dos casarios que fazem parte do acervo histórico do Porto Flutuante de Manaus, na Travessa Vivaldo Lima, 13, onde funciona a sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Todo o conjunto no entorno do “Roadway”, como é mais conhecido desde e construção pelos ingleses, onde funcionava a administração portuária, é tombado como patrimônio histórico nacional, no Centro, representante do período de luxo e riqueza vivido por Manaus durante a fase áurea da borracha (1890 a 1910).

A reinauguração contou com a posse da nova superintendente regional, a historiadora Beatriz Calheiro, e com a presença do presidente do Iphan de Brasília, Leandro Grass, e diversas autoridades municipais, estaduais, federais e de entidades ligadas à cultura, ao patrimônio e à preservação.

A Prefeitura de Manaus, via Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), é parte integrante das ações do Iphan-AM na reabilitação do centro histórico da capital, com trabalhos conjuntos de salvaguarda do patrimônio, desde projetos de revitalização até fiscalização, além de trabalho gerencial, interinstitucional e multidisciplinar, voltado para às comunidades e preservação dos monumentos tombados na capital do Estado.

“Sem dúvida, Manaus tem um papel fundamental nisso e o município tem sido parceiro, desde a fiscalização até mesmo na ação de projetos. Temos um acordo de cooperação técnica que possibilita o intercâmbio entre as nossas partes técnicas. E a garantia de que esse patrimônio, de fato, vai poder ser pensado e que a gente não vai fazer isso de forma isolada, vai fazer de forma parceira, fortalecendo o trabalho dessas organizações”, ressaltou a superintendente.

O vice-presidente do Implurb, arquiteto e urbanista Claudemir Andrade, lembrou que este momento é importante para dar ainda mais visibilidade ao trabalho da gestão David Almeida, como o de reabilitação proposto pelo programa “Nosso Centro”.

Para ele, a parceria não acontece se as instituições não estiverem devidamente alinhadas. “E temos a alegria da recuperação de uma unidade histórica, como é a sede do Iphan.

Passou por uma reforma, momentos delicados em relação a recursos, mas finalmente temos seu retorno, deste prédio belíssimo que Manaus tem, e que passará a ser aberta e disponível para a população”, salientou o vice-presidente do Implurb.

Durante um discurso intenso e com foco na Amazônia e patrimônio, que tem como prioridade os povos indígenas e de matriz africana, o presidente do Iphan nacional, Leandro Grass, agradeceu a todos os servidores do órgão no Amazonas que ajudaram a evitar que o prédio fosse interditado definitivamente e que pudesse, hoje, reabrir suas portas.

Grass adiantou que a região amazônica é prioridade no diálogo nacional para pactuar ações dos bens de toda a sociedade. “E não há política no patrimônio cultural sem a política colaborativa com a prefeitura, com o governo estadual e com o Iphan, além da sociedade. Quero parabenizar a Prefeitura de Manaus pelo programa ‘Nosso Centro’, estivemos em Brasília discutindo o plano urbano e tenho certeza de que vai ser bem-sucedido”, afirmou.

Visita

O presidente do Iphan de Brasília, Leandro Grass, está na capital amazonense para agenda que prevê visita às obras do poder público municipal, do programa “Nosso Centro”, lançado em 2021 pelo prefeito David Almeida, com as intervenções no mirante Lúcia Almeida, casarão Thiago de Mello e largo de São Vicente.

Após o tour pelas obras, agendado para às 9h, Grass e equipe tem encontro marcado com órgãos e secretarias municipais relacionadas ao “Nosso Centro”, com coordenação do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb). A reunião acontece no Casarão da Inovação Cassina, no Centro.

Para o diretor-presidente da autarquia, Carlos Valente, a vinda do presidente do Iphan reforça a importância que a gestão do prefeito está dando à área central da capital, com visitações e apresentação dos projetos com foco na área do patrimônio histórico, artístico e cultural da cidade.

Sede reaberta

A sede do Iphan-AM foi construída em 1870 e usada inicialmente como residência nos pavimentos superiores e oficina mecânica e fundição a vapor, no térreo.

Ela tem características gerais da arquitetura eclética que marcou, de uma forma geral, a arquitetura brasileira e em especial, a manauara, entre as últimas décadas do século 19 e as primeiras do século 20.

A edificação tem arquitetura influenciada pelo modelo de chalés, muito em voga no final do século 19.

Em 1987, o edifício passou a sediar o Iphan-AM. Mesmo não sendo tombado individualmente, o imóvel localiza-se em área tombada, definida pelo Iphan (notificação publicada no Diário Oficial da União nº 222, seção 3, de 22/11/2010).

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