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Presidente da Argentina desiste de disputar reeleição

Presidente Alberto Fernández desiste de concorrer à reeleição na Argentina  - Notícias - R7 Internacional

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou em vídeo publicado no Twitter, nesta sexta-feira (21), que não disputará a reeleição em outubro. O grupo político da vice-presidente, Cristina Kirchner, pressionava Fernández por uma decisão, em razão da possibilidade de uma derrota do peronismo.

No cenário econômico, a situação do país do aliado do presidente Lula não é melhor que a política. A Argentina enfrenta a inflação mais alta em 30 anos (104% ao ano), e o Banco Central (BCRA) elevou taxa de juros anual para 81%. É esse cenário de terra arrasada que faz com que os peronistas temam uma derrota eleitoral de Fernández.

No vídeo, o presidente argentino diz: “O próximo 10 de dezembro de 2023 é o dia exato em que completaremos 40 anos de democracia. Neste dia, entregarei a faixa presidencial a quem quer que seja escolhido legitimamente nas urnas pelo voto popular”.

Chamado de “Minha decisão”, o vídeo de quase oito minutos mostra imagens de arquivo que vão desde a época do chefe de gabinete de Néstor Kirchner até agora.

Apesar de não se candidatar a um novo mandato, Fernández disse que vai trabalhar “fervorosamente para que seja um companheiro ou uma companheira do nosso espaço político, que represente quem seguimos”. E acrescentou: “Seguiremos lutando por uma pátria justa, com equidade e felicidade para todos e todas”.

Adiante, afirma que a decisão pretende atender ao interesse coletivo. “Nunca coloquei uma missão pessoal à frente da necessidade do grupo. Como militante peronista, sempre soube que, primeiro, vem a pátria. Depois, o movimento. E, por último, os homens. É por isso que vou cumprir esta escala de prioridades.”

Além disso, Fernández sugere que não teria tempo para uma campanha de reeleição, pois “o contexto econômico me obriga a dedicar todos os meus esforços para atender ao momento difícil que a Argentina atravessa”.

A própria Cristina, condenada a seis anos de prisão em dezembro do ano passado por corrupção, afirmou que não disputaria o governo do país. No entanto, de acordo com a imprensa argentina, ela deverá assumir as rédeas da pré-campanha.

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