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Presidente do TRF-4 diz que Lula é um preso com ‘regalia’, mas não tem escolha

“O ex-presidente sabe que ele não é bem-vindo onde está por parte da comunidade de Curitiba, do morador da cidade. O fato de ele recusar um beneficio é uma situação extraordinária. Uma vez implementado o tempo necessário, ele progride, sim, de regime”

Juiz Victor dos Santos Laus


O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Victor dos Santos Laus

O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Victor dos Santos Laus,  afirmou nesta terça-feira que Lula desfruta de “regalia” ao estar preso em condição especial na sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba e que não cabe ao petista escolher progredir ou não de regime prisional. Laus comentou o caso de Lula em entrevista à “Rádio Gaúcha” nesta manhã de terça-feira (1).

— O ex-presidente desfruta de uma condição especialíssima. O ex-presidente não está preso num estabelecimento que é destinado a todos os demais presos. Ele está nas dependências da Polícia Federal em Curitiba. É uma situação absolutamente especial até em função da condição do ex-presidente e, porque ele responde a outros processos penais, se entendeu adequado que ele permanecesse nas dependências da Polícia Federal. Pode-se dizer que isso é uma regalia — avaliou Laus.

Ainda segundo o magistrado, há situações envolvendo os cidadãos curitibanos: “nós já recebemos manifestações da comunidade de Curitiba, da cidade e do entorno onde se localiza a Polícia Federal pedindo várias vezes para que o presidente saia de Curitiba. Aquela situação está desvalorizando imóveis da região, causando tumultos à comunidade que mora na vizinhança. O ex-presidente sabe que ele não é bem-vindo onde está por parte da comunidade de Curitiba, do morador da cidade. O fato de ele recusar um beneficio é uma situação extraordinária. Uma vez implementado o tempo necessário, ele progride, sim, de regime”.

Lula anunciou na segunda-feira em carta escrita por ele da cela, e lida por seu advogado, Cristiano Zanin, que não aceita migrar para o regime semiaberto se houver imposição de condições como o uso de tornozeleira eletrônica.

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