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Previdência: relator vai propor contribuição especial para trabalhador sem carteira assinada

A informalidade já atinge 41,3% da população ocupada, segundo dados do IBGE. Texto do senador Jereissati será votado na CCJ nesta quarta

Foto: Divulgação

O relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), fará duas modificações  no seu parecer,  apresentado na semana passada e que será votado nesta quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça ( CCJ ).

Na forma de complemento de voto, ele vai  reforçar que  o valor da pensão não poderá ser inferior a um salário mínimo ,  em qualquer situação. Na primeira versão do relatório, esse direito estava assegurado somente a  pensionistas que ganham menos do que o piso nacional .

Além disso, o relator vai propor  a criação de uma alíquota de contribuição especial para os trabalhadores informais.  Essa alíquota deverá ser semelhante à dos Microempreendedores Individuais (MEI).

A informalidade já atinge 41,3% da população ocupada, segundo dados do IBGE.

As duas modificações  não comprometem o texto aprovado pela Câmara dos Deputados. De autoria dos senadores do MDB, Eduardo Braga (AM) e Renan Calheiros (AL), elas foram acatadas pelo relator como  uma contrapartida ao apoio da legenda à aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) paralela na CCJ, também nesta quarta-feira, junto com o texto principal.

Estão nessa PEC a inclusão dos estados e municípios na reforma da Previdência e medidas de aumento de arrecadação com a contribuição previdenciária de entidades filantrópicas , do setor exportador e de micro e pequenas empresas.

Pelo relatório de Tasso,  a reforma vai resultar em um ganho fiscal de R$ 990 bilhões em dez anos.

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