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O Vaticano divulgou os horários das votações e as expectativas para as tradicionais fumaças que sinalizam os resultados das eleições durante o conclave, processo que escolherá o 267º papa da Igreja Católica.
O início das votações está marcado para quarta-feira (7), às 11h30 (horário de Brasília), com a primeira fumaça prevista para as 14h, ao fim da única votação do dia.
A expectativa é de que a fumaça inicial seja preta, indicando que nenhum dos 133 cardeais conseguiu alcançar os dois terços dos votos necessários para a eleição do novo pontífice.
Essa será a primeira rodada de votação e, conforme a tradição, nunca na história moderna um papa foi eleito na primeira votação.
Como funciona o processo de escolha do papa
A partir de quinta-feira (8), o ritmo do conclave acelera, com até quatro votações diárias, divididas entre duas pela manhã e duas à tarde.
Em cada turno de votação, uma nova fumaça pode surgir: se houver consenso, a fumaça será branca, indicando a eleição do novo papa; caso contrário, a fumaça será preta, sinalizando que a votação continua indefinida.
Confira o cronograma das fumaças:
Quarta-feira (7) – Primeiro dia do conclave
- 14h (de Brasília): Fumaça após a única votação do dia — expectativa de cor preta.
Quinta-feira (8) – Segundo dia do conclave
- 5h30 (de Brasília): Primeira votação do dia — se houver definição, fumaça branca.
- 7h (de Brasília): Segunda votação — fumaça preta, caso não haja consenso.
- 12h30 (de Brasília): Terceira votação do dia.
- 14h (de Brasília): Quarta votação — fumaça preta ou branca, dependendo do resultado.
O Cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, presidirá o conclave, enquanto o Cardeal Giovanni Battista Re, de 91 anos, não presidirá devido à idade avançada.
Entre os 252 cardeais presentes, 133 têm direito a voto, e vários nomes são cotados como papáveis — cardeais considerados favoritos para assumir o posto de papa. A fumaça branca, quando surgir, marcará o início de um novo papado.
Leonardo Ulrich Steiner: o arcebispo de Manaus na disputa
O arcebispo de Manaus, Leonardo Ulrich Steiner, foi recentemente citado pela Reuters como um possível sucessor do papa.
Natural de Forquilhinha, Santa Catarina, Steiner foi nomeado arcebispo de Manaus em 2019 e, em 2022, recebeu o título de cardeal da Amazônia, nomeado pelo próprio Papa Francisco.
Nascido em 6 de novembro de 1950, Steiner ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1972 e foi ordenado padre em 1978 por Dom Paulo Evaristo Arns.
Com uma sólida formação acadêmica, o cardeal completou mestrado e doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma, entre 1995 e 2003, e desempenhou papel importante na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), onde foi secretário-geral entre 2011 e 2019.
